Conferências internacionais no Alentejo debatem crise climática

Especialistas de vários países vão debater no Alentejo conhecimentos científicos e as melhores práticas mundiais para combater as alterações climáticas, num ciclo de cinco conferências internacionais que arranca este mês.

Trata-se do “Energy & Climate Summit”, promovido pelo projeto Guardiões, que junta o Instituto Politécnico de Portalegre, o Fórum Energia e Clima (FEC) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

As conferências pretendem “trazer a Portugal o conhecimento e as melhores práticas que existem no mundo relativamente à forma como está a ser combatida a crise climática”, explicou à agência Lusa o presidente do FEC, Ricardo Campos.

Neste sentido, “foram escolhidos cinco grandes temas muito relevantes para combater a crise climática”, um por conferência.

“Educação e Conhecimento” é o tema da primeira sessão, nos dias 21 e 22 deste mês, no Politécnico de Portalegre e transmitida online na página do FEC na rede social Facebook.

“Energia e Transição Justa”, em Sines, a 2 e 3 de junho, “Água”, em Beja, a 20 e 21 de outubro, “Mobilidade e Transporte Ferroviário”, em Évora, a 26 e 27 de janeiro de 2023, e “Economia Circular”, novamente em Portalegre, a 21 e 22 de abril de 2023, são as restantes conferências.

O ciclo vai decorrer no Alentejo porque os promotores e parceiros do projeto Guardiões têm sede na região e por se tratar de “uma das regiões mais vulneráveis às alterações climáticas, mas também a que oferece as maiores possibilidades” para as combater, de acordo com o presidente do FEC.

A título de exemplo, notou, “o Alentejo é uma das regiões mais competitivas do mundo para produção de energia solar”.

As conferências vão ter como oradores convidados especialistas, governantes e representantes de instituições e empresas de vários países, sobretudo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual o FEC “é um observador consultivo”.

A conferência inaugural, em Portalegre, pretende “aproximar e aprofundar” as relações entre as instituições de ensino superior do espaço da CPLP para promover “a investigação e ofertas formativas que acelerem a transição para uma economia mais sustentável”, explicou Ricardo Campos.

Por outro lado, a primeira conferência visa também analisar e estimular a transferência de conhecimentos sobre combate às alterações climáticas produzidos nas instituições de ensino superior para as empresas e a sociedade em geral, disse.

“As instituições de ensino superior têm recebido um grande incentivo para a produção de artigos científicos, que são válidos, importantes e permitiram descobrir, verificar e induzir novas soluções” de combate às alterações climáticas, indicou.

Torna-se necessário haver “uma ligação maior” entre instituições de ensino superior, empresas e sociedade para uma efetiva transferência de conhecimentos, pretendendo a conferência “refletir sobre esta ligação”.

O projeto Guardiões, criado em 2021, visa produzir e divulgar conteúdos, “validados cientificamente e muito focados em soluções”, para sensibilizar a sociedade civil para o problema das alterações climáticas, referiu Ricardo Campos.

Através do projeto, já foram realizadas várias ações de sensibilização, sobretudo junto de escolas e alunos dos vários níveis de ensino, “com o objetivo de estimular a alteração dos comportamentos individuais e tornar cada pessoa um guardião”, vincou.

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