Como flexibilizar a rede elétrica?

FOTO: EQUIPA DO PROJETO BungEES

BungEES - Building Up Next-Generation Smart Energy Services Offer and Market Up-take Valorising Energy Efficiency and Flexibility at Demand-Side é uma iniciativa transnacional que agrega 100 projetos piloto com o objetivo de demonstrar os benefícios da gestão concertada de serviços de energia, ao nível da redução de custos e de desperdícios

O Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) é um dos participantes neste projeto que envolve também Espanha, França, Républica Checa e Eslováquia.

Nos últimos dois anos e meio, a equipa do ISR tem vindo a trabalhar no desenvolvimento de serviços de energia inovadores e inteligentes que visam a otimização e redução dos consumos de energia nos edifícios, bem como em estratégias de orquestração/conjugação de serviços de energia, que reduzam os consumos e criem flexibilidade para a rede elétrica nacional, de forma mitigar os efeitos de potenciais cortes de energia ou apagões, explica a universidade em comunicado.

De acordo com Nuno Quaresma, investigador do ISR, os projetos pilotos, um dos quais instalado no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, pretendem comprovar que a gestão concertada de serviços de energia permite, não só reduzir custos, como também eliminar os desperdícios de energia (consumos em standby e a utilização incorreta dos equipamentos), permitindo obter poupanças energéticas muito significativas. 

“Os resultados são muito promissores. O pacote integrado de serviços de eficiência energética, que está a ser testado, combina a eficiência no consumo, a produção de energia renovável distribuída, a resposta à procura, a mobilidade elétrica e o armazenamento de energia. No piloto do DEEC, estamos a testar a orquestração de serviços de energia, como solar fotovoltaico, armazenamento de energia em baterias, carregamento inteligente de veículos elétricos e a gestão automatizada de bombas de calor com recurso a termóstatos inteligentes”, explica o coordenador do projeto.

“Os pilotos em curso pretendem ainda validar o modelo de negócio desenvolvido no âmbito deste projeto. Modelo que valoriza a eficiência energética, a flexibilidade do lado da procura e promove a comercialização de pacotes de serviços de energia de forma integrada. Nesse sentido, os principais objetivos centram-se em facilitar a vida dos consumidores, reduzir custos, maximizar a utilização das fontes renováveis e otimizar a operação das empresas de serviços energéticos”, acrescenta.

Acima de tudo, este projeto pretende demonstrar que as conjugações destes serviços de energia, em conjunto com as tarifas de compra de eletricidade, possibilitam a maximização dos recursos renováveis (solar e armazenamento de energia) e, ao mesmo tempo, a redução dos consumos e dos custos energéticos dos edifícios.

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