Aumento dos custos de gestão de resíduos de embalagens não deve penalizar o consumidor
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A partir de 1 de janeiro de 2025, os custos da gestão de resíduos de embalagens vão ter um aumento significativo o que poderá ter impacto no preço final dos produtos para os consumidores.
Prevê-se um aumento significativo nos custos, comparativamente ao ano passado, do vidro, por exemplo, que poderá ultrapassar os 100 %; o papel e cartão com um aumento em quase 70 %, em média; praticamente 50% para o plástico, o aço e o alumínio; cerca de 41 %, em média, para as embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL) e de cerca de 66 % para a madeira. Estes dados foram apresentados em comunicado da Deco Proteste.
Este aumento é justificado pela inclusão de novos fatores no cálculo, como os custos de gestão dos SGRU, a valorização energética e a deposição em aterro. Estes custos até à data não eram totalmente considerados.
A Deco Proteste alerta para este aumento, no entanto defende que o mesmo não deve penalizar o consumidor de forma a garantir um sistema de gestão de resíduos justo e eficiente. A organização acredita que, apesar de ser necessária a revisão do modelo de cálculo das contrapartidas financeiras, este aumento não deve ser suportado pelos consumidores uma vez que os mesmos não são responsáveis pelas ineficiências do sistema.
Para a Deco Proteste, a solução passa por responsabilizar os produtores, incentivando a reciclagem e a otimização da gestão de resíduos.
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