Arquitetura e sustentabilidade: Interseção e interdependência
Foto: Linkviz/ D.R.
É imprescindível olhar para a arquitetura sustentável de forma abrangente, considerando não apenas os edifícios propriamente ditos, mas também o contexto urbano onde se integram.
A sustentabilidade é um tema que cruza diversas áreas do conhecimento e, na arquitetura, não poderia ser diferente. No contexto atual de mudanças climáticas e esgotamento dos recursos naturais, a arquitetura sustentável surge como uma necessidade imperativa. Tem de ser prática comum e contribuir para a riqueza e o bem-estar de todos nós e para isso, todos temos de contribuir para a sua implementação. O setor dos edifícios é responsável por mais de 40 % do consumo de © LINKVIZ / D.R. energia primária na Europa tornando-se, consequentemente, o principal responsável pela emissão dos Gases com Efeito de Estufa.
Temos de aproveitar o contexto económico atual, em que a criação de espaços de habitação com qualidade que visem dar resposta às necessidades sociais e de procura do mercado imobiliário, é um objetivo que deverá estar presente em todo o parque habitacional com especial incidência para a classe média.
Nós arquitetos, sendo os primeiros a aparecer na cadeia de um investimento imobiliário temos de ser responsáveis por despoletar um diálogo sobre como se pode investir no desenvolvimento de novas ferramentas, novas formas de desenhar para aproximarmos cada vez mais de uma arquitetura sustentável. Mas a construção não se pode limitar apenas à fase de construção, mas estender-se por todo o ciclo de vida do edifício, desde a conceção até à eventual demolição e reciclagem dos materiais.
A resposta às dinâmicas de mercado, que buscam incessantemente soluções económicas, flexíveis e com implementação de fatores ambientais e de sustentabilidade, deverá acontecer com urgência...
Foto: Ivo Tavares, Projeto Gólgota - Porto
Por Adriana Floret, Licenciada em Arquitetura e pós-graducação em Reabilitação do Património Edificado
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