AEA lança atlas para verificar estado do ambiente

A Agência Europeia do Ambiente (AEA) acaba de lançar uma ferramenta que permite verificar na Europa indicadores como a qualidade do ar ou os níveis de ruído, a qualidade das águas balneares ou o número de espaços verdes urbanos.

A plataforma “Atlas Europeu do Ambiente e da Saúde” junta indicadores de todos os países da União Europeia (UE) e permite, por exemplo, perceber como, em determinada cidade, a poluição e outros riscos ambientais afetam a saúde e o bem-estar dos cidadãos e como os recursos ambientais os protegem.

“Estreitamente alinhado com muitos objetivos políticos da UE, o atlas é uma das ferramentas preparadas e publicadas pela AEA com o objetivo de apoiar a monitorização da ambição de poluição zero da União Europeia”, referiu a agência num comunicado sobre a iniciativa.

A AEA explicou também que o atlas permite ainda aos utilizadores a criação e partilha de um “quadro de pontuação ambiental” de um local específico.

A ferramenta baseia-se em dados e análises sobre os riscos ambientais para a saúde e os benefícios de um ambiente saudável, e será atualizada com regularidade.

Segundo a mesma, 97 por cento da população urbana na Europa está exposta a níveis de poluição do ar não seguros, 20 por cento da população vive em zonas onde o ruído é prejudicial para a saúde e 85 por cento das águas balneares são de excelente qualidade.

Para dados mais concretos, pode selecionar-se qualquer local para conhecer indicadores sobre a concentração de partículas finas e de outros poluentes atmosféricos, sobre o ruído do trânsito noturno e diurno, ou sobre a existência de praias de qualidade, hospitais ou espaços verdes nas redondezas.

A AEA salientou que a poluição atmosférica é uma das principais causas de morte prematura e de doença e o maior risco ambiental para a saúde na Europa.

Os mapas do atlas mostram, por exemplo, que Portugal está relativamente bem em relação a concentrações de partículas finas e dióxido de azoto (exceto as zonas de Lisboa e Porto), mas pior quanto a concentrações de ozono.

Os mapas da UE mostram uma preocupante exposição da população a partículas finas e dióxido de azoto, com o ozono a ser pior nos países do sul do continente. Já os mapas das mortes evitáveis e dos anos de vida perdidos vão na mesma direção, abrangendo mais pessoas nos países ou regiões mais poluídas.

O atlas mostra também onde encontrar na Europa espaços urbanos verdes que protegem as pessoas da poluição do ar, do barulho e do calor, as zonas escolares, os espaços sossegados e de lazer à beira de água, bem como as zonas urbanas ruidosas ou os níveis de ruído junto de escolas e hospitais.

Portugal destaca-se na qualidade e tratamento das águas, mas também como um dos países que no futuro terá mais ondas de calor, revelando-se especialmente como o país – com a Grécia – com mais mortes devido aos incêndios florestais.

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