60 milhões aprovados para transportes públicos limpos em Coimbra

A Comissão Europeia aprovou a contribuição financeira de 60 milhões de euros que estava prevista para fazer avançar o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).

“A esta aprovação corresponde a atribuição de um apoio do Fundo de Coesão no valor de 60 milhões de euros e um investimento elegível total no montante de mais de 89 milhões de euros”, afirmou em comunicado o gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

A comparticipação da União Europeia é concretizada através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

O Governo recorda que o SMM “consiste na implementação de um metrobus, utilizando veículos elétricos a baterias que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra”, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo.

Servido por autocarros elétricos, o SMM deverá constituir-se “como o futuro sistema de mobilidade da região, com elevados níveis de segurança, rapidez e conforto”, segundo a nota.

Das quatro empreitadas que integram o projeto do SMM, está em curso a obra do troço entre Serpins, na Lousã, e o Alto de São João, em Coimbra, e decorre o concurso da empreitada do troço Alto de São João – Portagem.

“Os concursos das empreitadas dos restantes troços (Portagem - Coimbra B e Linha do Hospital) serão lançados durante 2021”, adiantou o gabinete de Pedro Nuno Santos.

O SMM visa “promover a mobilidade sustentável, através da implementação de um serviço de mobilidade atrativo e competitivo, operado por autocarros elétricos, conduzindo à transferência modal para um modo de transporte energeticamente mais eficiente e com menores emissões”.

“Reforçar a intermodalidade do sistema de transportes da região de Coimbra, criando condições de integração física, bilhética e tarifária”, é outro dos principais objetivos do empreendimento.

A ligação de Lousã e Miranda do Corvo ao centro urbano de Coimbra, “sem transbordo, com condições de segurança e fiabilidade, reforçando a integração económica e social do território”, está igualmente nos propósitos do executivo de António Costa.

Estima-se que 13 milhões de passageiros venham a utilizar anualmente o novo sistema de transportes, pelo que o projeto contribuirá para reduzir o congestionamento, o ruído associado ao tráfego e as emissões de carbono e de gases com efeito de estufa.

“Este projeto proporcionará aos cidadãos de Coimbra e da região de Coimbra os serviços de transporte que merecem: limpos, seguros e eficientes. Oferecerá um serviço de transporte público mais atraente, que reduzirá os tempos de viagem e a poluição, e melhorará o conforto e a qualidade do ar”, afirmou a comissária da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.

De acordo com o comunicado divulgado pela Comissão Europeia, os novos autocarros estarão integrados num sistema multimodal com um título único de transporte, o que tornará o seu uso mais atraente. Prevê-se que o projeto esteja operacional no início de 2024.

De acordo com a Comissão Europeia, sendo 2021 o Ano Europeu do Transporte Ferroviário, haverá muitas melhorias nos transportes regionais e locais.

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