Países em desenvolvimento precisam de 266 mil milhões para se adaptarem ao clima

Os países em desenvolvimento, principalmente africanos, vão precisar de gastar 266 mil milhões de euros por ano em medidas de mitigação das alterações climáticas, de acordo com a Organização Não Governamental (ONG) Power Shift Africa.

“Este relatório mostra a profunda injustiça da emergência climática; isto simplesmente não é aceitável, os custos caem naqueles que estão a sofrer mais, e que são os que menos contribuem para as alterações climáticas”, escreveu o diretor desta ONG ambientalista do Quénia, Mohamed Adow, no relatório com o título 'Adaptar ou Morrer'.

O documento apresenta um estudo com base em sete países africanos – Etiópia, Quénia, Libéria, Serra Leoa, Togo, Sudão do Sul e África do Sul – para concluir que só a Etiópia terá de gastar 6 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros) todos os anos até 2030 para responder ao impacto das inundações, doenças, tempestades e fogos.

O Sudão do Sul, o segundo país mais pobre do mundo, terá de gastar 376 milhões de dólares (333 milhões de euros) por ano, o que representa três por cento do Produto Interno Bruto (PIB) desta nação africana, ao passo que a Serra Leoa planeia investir 90 milhões de dólares (80 milhões de euros), numa média de quatro por cento do PIB para estes sete países africanos analisados por esta ONG.

Os países mais desenvolvidos concordaram, na cimeira do clima (COP26), em novembro, duplicar o financiamento às nações mais pobres, mas sem apresentar um valor concreto, e com as nações mais frágeis a responderem que uma duplicação das verbas não será suficiente.

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