Renováveis abastecem 88% do consumo de energia elétrica em fevereiro

  • 04 março 2024, segunda-feira
  • Energia

Fotografia: REN

Fevereiro foi um mês com condições favoráveis para as energias renováveis, cuja produção abasteceu 88 por cento do consumo de energia elétrica, revelou a REN – Redes Energéticas Nacionais, em comunicado enviado à redação.

A não renovável foi responsável pelo abastecimento de dez por cento, e os restantes dois por cento foram abastecidos com recurso a energia importada.

O consumo de energia elétrica subiu 0,1 por cento em fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Com correção da temperatura e número de dias úteis (este mês teve 29 dias), o consumo registou um crescimento de 1,9 por cento.

Nos dois primeiros meses do ano, regista-se uma subida de 0,9 por cento, ou de 2,4 por cento com correção da temperatura e dias úteis.

Em fevereiro, a produtibilidade das hidroelétricas foi de 1,10 (média histórica de 1), a das eólicas 1,19 (média histórica de 1), enquanto a fotovoltaica se ficou por um índice de 0,92 (média histórica de 1).

Neste período registaram-se novos valores máximos nas potências entregues à rede nas três tecnologias. As hidroelétricas atingiram uma potência máxima de 6 906 megawatt no dia 28 de fevereiro, as eólicas 5 019 megawatt no dia 29, e as fotovoltaicas 1 919 megawatt no dia 19.

No caso das fotovoltaicas, esta potência corresponde apenas às instalações que injetam na rede pública e que atualmente representam cerca de 2 700 megawatt de potência instalada.

Desde o início do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situa-se em 1,21, o de produtibilidade eólica em 1,03 e o de produtibilidade solar em 0,89.

Segundo os dados revelados pela REN, no cômputo do ano, a produção renovável abasteceu 84 por cento do consumo, repartida pela hidroelétrica com 44 por cento, eólica com 30 por cento e biomassa e fotovoltaica, ambas com cinco por cento. A produção a gás natural abasteceu 12 por cento do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes quatro por cento.

Já no mercado de gás natural, a tendência de redução dos consumos, que se tinha interrompido em janeiro, voltou a registar-se em fevereiro. “Desta forma, tivemos uma contração global homóloga de 27 por cento, condicionada pelo comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que baixou 73 por cento, devido à elevada disponibilidade de energia renovável”, referiu a REN.

Ainda assim, o segmento convencional voltou a registar uma evolução homóloga positiva de 16 por cento, fundamentalmente devido ao segmento dos grandes consumidores.

No final de fevereiro, o consumo acumulado anual de gás natural regista uma descida de 12 por cento, repartida por uma subida de nove por cento no segmento convencional e uma queda de 48 por cento no segmento de produção de energia elétrica.

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