Porto atinge taxa de reciclagem recorde de 43%

Fotografia: Porto Ambiente

O município do Porto voltou a superar todas as metas de reciclagem em 2023, com cada portuense a separar, em média, cerca de 78 kg/hab.ano de resíduos de embalagens face ao objetivo de 60kg/hab.ano, o que permitiu atingir uma taxa de preparação para a reciclagem de 43 por cento, acima dos 31 por cento estabelecidos como meta nacional.

Segundo comunicado enviado à redação pela Porto Ambiente, um dos fatores determinantes para estes resultados é o aumento significativo da recolha seletiva, com mais 2 050 toneladas recolhidas, um crescimento de 5,8 por cento, face ao ano anterior.

Aliás, no campo dos três fluxos o crescimento foi de 6,9 por cento, com destaque para as 7 210 toneladas de vidro recolhidas, mais 4,6 por cento que ano anterior, em sentido contrário à tendência nacional de decréscimo. Também os resultados na recolha de papel e de embalagens registam aumentos, na casa dos sete e dez por cento, respetivamente.

“Para estes valores históricos foram decisivas a reorganização e reforço de instalação dos equipamentos de deposição seletiva, a par da eliminação de pontos exclusivos para indiferenciado”, lê-se no comunicado.

De acordo com o Porto Ambiente, já existem 1 300 ecopontos na cidade, o que permite uma fácil e cómoda deposição de resíduos. Estas ações, a par da sensibilização e consciencialização dos munícipes, estabelecimentos e instituições, integram a estratégia da Porto Ambiente distinguida, pela segunda vez, com o Prémio de Excelência do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos da ERSAR, destacando-a como a melhor da sua área de atividade.

No que diz respeito aos resíduos orgânicos, em 2023 foram recolhidas mais de dez mil toneladas, com um crescimento de 5,7 por cento face a 2022. No que respeita apenas aos utilizadores domésticos, que inclui o sistema de porta-a-porta e sistema de proximidade, foram recolhidas mais de 1 516 toneladas.

“Fruto de uma forte aposta do município há mais de uma década, a recolha destes resíduos é um forte impulsionador da economia circular, através da valorização dos restos alimentares e da sua transformação em composto, posteriormente devolvido aos solos para enriquecimento dos mesmos”, refere a empresa municipal.

O correto encaminhamento e valorização dos resíduos permitiu, não só, evitar a emissão de cerca de 17 mil toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera, mas também manter o Porto como uma cidade “Aterro 0”, em linha com os objetivos da neutralidade carbónica da cidade até 2030, preconizados pelo Pacto do Porto para o Clima, iniciativa cuja gestão e operacionalização está a cargo da Porto Ambiente.

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