Vila Real cria ponto de recolha têxtil para reciclagem de roupa

A Câmara de Vila Real inaugurou o primeiro ponto de recolha têxtil do concelho para reciclagem ou reaproveitamento de roupas, criado no âmbito do projeto “Para cá do Marão, embalagens não!”.

O objetivo do projeto é, segundo explicou o município, “reduzir o impacto dos têxteis depositados em aterro” e, consequentemente, a “fatura da câmara municipal”.

Segundo dados fornecidos pela autarquia na apresentação do projeto, em maio, no concelho de Vila Real, os resíduos têxteis depositados em aterro constituem quatro por cento do material ali entregue.

E, numa altura em que os resíduos têxteis se estão a transformar num grave problema em todo o planeta, o município transmontano decidiu avançar com uma solução que visa ajudar a atenuar este impacto ambiental.

Com este ponto de recolha, instalado na antiga fábrica de diamantes, a câmara criou uma nova valência no âmbito do projeto de economia circular “Para cá do Marão, embalagens não!”, que está a ser implementado no concelho.

Ali vai ser possível “descartar, partilhar ou reciclar a roupa após consumo” e, ao mesmo tempo, vai ser desenvolvida uma aplicação para telemóveis, onde serão colocadas as peças que ficarão disponíveis para partilhar com quem precisar ou quiser.

No ponto de recolha far-se-á o encaminhamento dos têxteis para a reciclagem ou para a partilha, de acordo com a vontade de quem ali entrega os materiais.

Serão ainda realizadas ações de sensibilização junto das escolas, de instituições particulares de solidariedade social e outras instituições governamentais.

O projeto “Para cá do Marão, embalagens não!” representa um investimento de 750 mil euros e é financiado pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu – EEA Grants, e pela Secretaria-Geral do Ambiente.

Numa primeira fase, o projeto teve como objetivo promover a economia circular no setor das embalagens de bebidas de plástico e latas e assenta na política dos cinco “R” – repensar, reduzir, reutilizar, reciclar e recusar.

Nesse âmbito, foram instaladas máquinas de ‘reverse vending’ para a recolha de garrafas de plástico e latas não reutilizáveis em lojas retalhistas do concelho, de forma a garantir o seu encaminhamento para a reciclagem.

O município disse ainda que adquiriu e instalou, na Quinta das Hortas, um ecoparque infantil, construído a partir de materiais reciclados, principalmente plásticos.

O projeto contemplou também a implementação de estruturas para a recolha de pastilhas elásticas e de pontas de cigarro.

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