A Transformação da ITV portuguesa

O período 2020 – 2030 foi fulcral para a transformação da Indústria Têxtil e do Vestuário Portuguesa.

Se há 10 anos se olhava para a Moda como um dos principais setores responsáveis pela delapidação de recursos naturais e desrespeito pelos direitos humanos, pode ser surpreendente ter sido precisamente esta Indústria a levar à mudança. O facto de ser uma Indústria sedutora, cujo processo de compra é maioritariamente emocional, teve o poder de originar um movimento global por parte dos cidadãos, que exigiam mais inovação, menor consumo de recursos e mais respeito pelo próximo. Portugal é exemplo por ter redefinido a Produção Responsável.

Os pilares da mudança

Design, água, energia, produtos químicos, resíduos, biodiversidade, tecnologia e colaboração. Foram estes os pilares sobre os quais foi assente a evolução na Indústria da Moda. Portugal assegurou a liderança transformacional no setor no período 2010-2030, não só devido aos elevados custos dos recursos (que tornaram a mudança mais atraente e com impacto no resultado das empresas), mas também porque a Indústria se apercebeu do potencial regional e iniciou sinergias industriais que permitiram partilhar conhecimento e custos de inovação, acelerando a transformação.

A crise do setor em 2020, devido à deslocalização da produção têxtil para países com mão-de-obra mais barata, revelou-se essencial no processo: as empresas portuguesas aperceberam-se de que a continuidade do setor no país passava por responsabilidade. Esta criou valor. A aposta em inovação permitiu também apresentar produtos diferenciados, com preços de venda ao público mais elevados, que simultaneamente se revelavam “bestsellers”. (...)

Ana Filipa Costa, Partner - Catalyst e Engenheira do Ambiente

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº122, maio/jun 2020

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