Renováveis abastecem 75% do consumo de energia elétrica até agosto

  • 02 setembro 2024, segunda-feira
  • Energia

Fotografia: REN

Entre janeiro e agosto do corrente ano, 75 por cento da energia elétrica consumida em Portugal veio de fontes renováveis, informou a REN – Redes Energéticas Nacionais em comunicado.

A energia hídrica foi responsável por 33 por cento da energia, a eólica por 26 por cento, a fotovoltaica por dez por cento e a biomassa por seis por cento. A produção a gás natural abasteceu oito por cento do consumo, enquanto os restantes 17 por cento corresponderam a energia importada.

De acordo com a REN, em agosto, a produção renovável abasteceu 55 por cento do consumo, a produção não renovável dez por cento, enquanto os restantes 35 por cento corresponderam a energia importada.

A empresa portuguesa de transporte de eletricidade e gás natural realçou o crescimento na energia solar, que representou 15 por cento do consumo nacional no mês, com pontas diárias acima de 2 600 megawatt.

A produção de energia fotovoltaica e eólica estiveram perto da média histórica (1), com os respetivos índices a registarem 1,02 e 1,00, enquanto o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33, o de eólica 1,04 e o de solar 0,96 (média histórica de 1), no período de janeiro a agosto.

Em agosto, o consumo de energia elétrica cresceu 0,1 por cento face ao mês homólogo, valor que sobe para 0,3 por cento, com correção dos efeitos da temperatura e número de dias úteis. No período de janeiro a agosto o consumo registou uma evolução positiva de 1,7 por cento ou 2,2 por cento com correção da temperatura e dias úteis.

No mercado de gás natural, o consumo manteve-se muito condicionado pela baixa utilização das centrais termoelétricas, como resultado tanto da disponibilidade de energia renovável em Portugal como das importações de Espanha, referiu a REN em comunicado enviado à redação.

No mês de agosto, o mercado de gás contraiu 29 por cento face ao mesmo mês do ano anterior, repartido por descidas de 69 por cento no segmento de produção de energia elétrica e de 1,7 por cento no segmento convencional.

O abastecimento nacional manteve-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, enquanto a interligação com Espanha registou um saldo exportador equivalente a 35 por cento do consumo nacional.

De janeiro a agosto, o consumo de gás natural registou uma descida homóloga de cerca de 22 por cento, com menos 68 por cento no segmento de produção de energia elétrica e uma subida de 2,2 por cento no segmento convencional.

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