Infraestruturas da REN certificadas para hidrogénio
- 21 novembro 2024, quinta-feira
- Energia
FOTO COULEUR / PIXABAY
O processo de certificação, feito pela entidade certificadora Bureau Veritas, confirma que, tecnicamente, a REN reúne as condições para transportar misturas de hidrogénio com gás natural até 10 % na Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG) e no Armazenamento Subterrâneo do Carriço (AS Carriço) e até 20 % na Rede Nacional de Distribuição de Gás (RNDG) operada pela REN Portgás.
Com esta certificação, o Grupo REN, enquanto concessionário destas infraestruturas de serviço público, cumpre com o definido no Decreto-Lei n.º 62/2020, de 28 de agosto, no Regulamento da Rede Nacional de Transporte de Gás (Despacho n.º 806-C/2022), no Regulamento da Rede Nacional de Distribuição de Gás (Despacho n.º 806-B/2022) e no Regulamento de Armazenamento Subterrâneo de Gás em Formações Salinas Naturais (Despacho n.º 1112/2022).
Conforme relembra a REN em comunicado, a descarbonização das infraestruturas de gás é um dos objetivos estratégicos da política energética portuguesa. A REN tem contribuído para estes objetivos enquanto operador de infraestruturas de serviço público, através das áreas de planeamento e gestão técnica global dos Sistemas Elétrico e de Gás, na concretização da descarbonização destes sistemas energéticos. A estratégia da REN para os gases renováveis assenta em dois grandes pilares: a adaptação das infraestruturas existentes para acomodar estes gases e o desenvolvimento de infraestruturas 100 % hidrogénio para responder às necessidades efetivas do mercado.
Em maio deste ano a REN apresentou o seu novo Plano Estratégico, 2024-2027, que visa o reforço do seu compromisso com a sustentabilidade, nomeadamente através do aumento das metas ESG. A totalidade dos trabalhadores terá formação nesta área até 2030. Neste plano, a REN prevê ainda um aumento de até 70% do CapEx médio anual (nacional e internacional) face ao período de 2021-2023, totalizando entre 1,5 e 1,7 mil milhões de euros no período de 2024-2027. No seu site, a empresa explica que o investimento vai ser feito para permitir a ligação de projetos de energias renováveis à rede, aumentar a qualidade e resiliência da rede atual, fortalecer a infraestrutura dos gases verdes, assegurar a manutenção do alto nível de serviços fundamentais para a REN e consolidar a pegada no Chile.
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