Relatório do estado do ambiente em 2023
[MARCIN/UNSPLASH]
Os dados relativos ao ano de 2023 no setor do ambiente já estão concluídos. Entre várias conclusões sabe-se que o ano de 2023 foi extremamente quente e seco, tornando-se o segundo mais quente dos últimos 93 anos.
Os dado relativamente ao ano de 2023 já são conhecidos e foram comparados ao ano de 2022 nas seguintes categorias: População e Atividades Humanas; Ar e Clima; Água; Solo, Biodiversidade e Paisagem; Resíduos; Energia e Transportes e Economia e Finanças do Ambiente.
Segundo o INE, os dados mostram que:
A população residente em Portugal (10 639 726 pessoas) aumentou 123 105 habitantes face ao ano anterior, o que corresponde a uma taxa de crescimento efetivo positiva de 1,17 %. A procura interna nacional gerou uma despesa, em volume, de 237 mil milhões de euros (+1,7 % face a 2022), destacando-se a componente do consumo privado que cresceu 1,9 %,. O Índice de Produção Industrial decresceu 3,1 %, após o aumento de 0,7 % registado no ano anterior. A Entrada Direta de Materiais na economia nacional para produção ou consumo aumentou 0,7 %, totalizando 200,8 milhões de toneladas. O Consumo Interno de Materiais atingiu os 160,1 milhões de toneladas (+1,7 % face a 2022).
O valor médio de precipitação total anual, 735,8 mm, posiciona-o como o quarto ano mais seco dos últimos 10 anos e o vigésimo quinto dos últimos 93 anos, correspondendo a 87,4 % da precipitação normal 1981-2010. As emissões de Gases com Efeito de Estufa (sem LULUCF) diminuíram 6,3 %, devido essencialmente ao decréscimo das emissões provenientes do setor da energia (-9,1 %) e dos processos industriais e uso de produtos (-3,3 %). O Índice de Qualidade do Ar apurou que, em média, 30,9 % dos dias em 2023 apresentaram uma qualidade do ar “muito bom” e 47,2 % qualidade do ar “bom” (28,2 % e 45,6 %, respetivamente, em 2022).
A maioria das águas balneares foram classificadas de “Excelente”, representando 67,7 % das águas interiores e 91,9 % das águas costeiras ou de transição.
Registou-se, em 2023, o segundo valor mais baixo do número de ocorrências de incêndios rurais do período 2015-2024 em Portugal continental (7 523 ocorrências), assim como a segunda menor área ardida (34,5 mil hectares). Em agosto de 2023 registaram-se 22,8 % das ocorrências que contabilizaram 63,6 % da área ardida.
O indicador da preparação de resíduos para a reutilização e reciclagem decresceu, situando-se em 32 % (33 % em 2022). Os resíduos setoriais gerados pelo tecido empresarial totalizaram 15,1 milhões de toneladas (+4,7 % face a 2022), destacando-se a atividade de construção com 4,4 milhões de toneladas (+529 mil toneladas face a 2022).
O consumo de energia primária foi de 20 619 ktep, uma diminuição de 3,3 %, face a 2022. Diminuição da dependência energética nacional de 71,2 % em 2022 para 66,7 % em 2023. O consumo de energia final aumentou 1,7 %. Energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis representou 75,8 % do total de eletricidade produzida em Portugal (61,3 % em 2022). A potência instalada em energia fotovoltaica aumentou 45,1 % , ascendendo a 3 892 MW em 2023 (2 682 MW em 2022). O parque de veículos presumivelmente em circulação cresceu 0,6 % e atingiu 7,3 milhões de veículos.
Despesa das Administrações Públicas em atividades de proteção ambiental diminuiu em 2023, fixando-se nos 1 511 milhões de euros (1 618 milhões de euros em 2022). 18,1 % das empresas industriais desenvolveram atividades de gestão e proteção do ambiente (+2,3 p.p. em comparação com 2022). Os investimentos das empresas aumentaram 4,5 % e a “Proteção da Qualidade do Ar e Clima” manteve a posição líder do ranking dos domínios com 33,8 % do total dos investimentos aplicados (52,6 % em 2022).
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