Produção hidroelétrica continua abaixo da média em outubro

  • 04 novembro 2022, sexta-feira
  • Energia

A produção hidroelétrica continuou a estar abaixo da média em outubro, apesar da precipitação registada na segunda quinzena do mês, condicionada pelas baixas afluências no Douro vindas de Espanha, segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

Assim, de acordo com a empresa, “o consumo de energia elétrica cresceu 0,7 por cento em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, ou 1,6 por cento com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis”, destacou, acrescentando que “a evolução acumulada anual é agora de 2,7 por cento, ou 2,6 por cento com correção da temperatura e dias úteis”.

De acordo com a REN, “apesar da precipitação registada na segunda quinzena de outubro, o índice de produtibilidade hidroelétrica não ultrapassou os 0,59 (média histórica de 1), condicionado pelas baixas afluências provenientes de Espanha no Douro”.

Por outro lado, “os índices de produtibilidade eólica e solar situaram-se respetivamente em 1,12 e 0,98 (média histórica de 1)”, sendo que “no último mês, a produção renovável abasteceu 44 por cento do consumo, a produção não renovável 34 por cento, enquanto os restantes 22 por cento corresponderam a energia importada”.

A REN revelou ainda que “no acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica continua baixo – regista 0,39 –, o de produtibilidade eólica 0,97 e o de produtibilidade solar 1,09”.

Assim, “de janeiro a outubro a produção renovável abasteceu 44 por cento do consumo, repartida pela eólica com 24 por cento, hidroelétrica com nove por cento, biomassa com sete por cento e fotovoltaica com cinco por cento”, tendo a produção a gás natural abastecido “33 por cento do consumo, com a importação a abastecer os restantes 22 por cento”.

Por outro lado, “no mercado de gás natural mantém-se a tendência de redução do consumo com uma variação homóloga negativa de 5,7 por cento, resultado de uma quebra de 16 por cento no mercado convencional, parcialmente compensado pelo mercado elétrico, cujo consumo cresceu nove por cento”.

Paralelamente, disse a empresa, “no aprovisionamento acentuou-se a tendência registada nos últimos meses, aumentando a entrada de gás por gasoduto, que representou 37 por cento do consumo”, mas “o terminal de GNL de Sines foi, ainda assim, a principal entrada de gás no país, com 63 por cento do total”, destacou.

Por fim, “de janeiro a outubro o consumo de gás natural regista uma variação homóloga negativa de 1,6 por cento, resultado de uma quebra de 20 por cento no segmento convencional e de um crescimento de 35 por cento no segmento de produção de energia elétrica”, rematou a REN.

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