Potencial de Aquecimento Global diminuiu 4,7% em 2019

O Potencial de Aquecimento Global diminuiu 4,7 por cento em 2019 e o de Acidificação 1,8 por cento, enquanto a atividade económica continuou a crescer, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE) ao divulgar a Conta das Emissões Atmosféricas.

Já o potencial de formação de ozono troposférico aumentou 0,2 por cento, segundo a mesma fonte.

“À semelhança do ano anterior, observou-se um decréscimo do Potencial de Aquecimento Global e um crescimento da atividade económica (em 2019 o Valor Acrescentado Bruto cresceu, em termos reais, 2,6 por cento). Esta dissociação refletiu simultaneamente as reduções da intensidade energética e da relação entre emissões e a procura de energia”, lê-se no documento do INE.

O Potencial de Aquecimento Global atingiu 66,2 milhões de toneladas de equivalente de CO2 em 2019, um resultado determinado pelo comportamento das emissões de Dióxido de Carbono (CO2), dado que as emissões dos restantes gases aumentaram, de acordo com a análise do INE.

O ramo de atividade económica que mais contribuiu para este potencial foi a energia, água e saneamento (25,2 por cento), como vem acontecendo desde 1998. Relativamente a 2018, este foi também o ramo de atividade que mais reduziu as emissões (-22,3 por cento).

Os setores da energia, água e saneamento e indústria perfazem no total 53,4 por cento das emissões de CO2. A agricultura, a silvicultura e a pesca emitiram as maiores quantidades de metano e óxido nitroso (75,7 por cento e 48,5 por cento, respetivamente).

“Em 2019, a Intensidade Carbónica da economia portuguesa foi a menor desde 1995, tendo decrescido 7,1 por cento relativamente ao ano anterior. Entre 2010 e 2019, decresceu 13,1 por cento”, referem os técnicos no relatório divulgado.

A diminuição da intensidade das emissões em 2019 deveu-se, essencialmente, à redução observada na energia, água e saneamento (-19,1 por cento). “Contudo, no período compreendido entre 2010 e 2019, na energia, água e saneamento foi onde se registou a menor diminuição da intensidade das emissões (-3,0 por cento), em comparação com os decréscimos na indústria (-21,4 por cento), na construção (-10,4 por cento), na agricultura, silvicultura e pesca (-6,4 por cento) e nos transportes, informação e comunicação (-3,2 por cento)”, referiu o INE.

Apesar do aumento do peso da produção de energia eólica e solar fotovoltaica desde 2005, a fonte hídrica “continuou a apresentar um peso significativo” na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Mesmo com uma grande redução da produção da energia hídrica (-24,1 por cento) devido às condições climatéricas, a dissociação refletiu “a forte redução do consumo de carvão”, que diminuiu 48,1 por cento relativamente ao ano anterior, ao mesmo tempo que as produções de energias eólica, geotérmica e fotovoltaica aumentaram, no conjunto, 9,5 por cento.

Newsletter Indústria e Ambiente

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia e Gestão do Ambiente.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.