Politécnico de Portalegre coordena projeto sobre alterações climáticas

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai coordenar um projeto que pretende transformar o Alentejo num “laboratório vivo” de análise dos impactos das alterações climáticas, representando um investimento superior a dois milhões de euros.

O projeto, denominado por “Guardiões”, integra o Fórum da Energia e Clima e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, devendo arrancar no final deste mês, contando com um prazo de execução de dois anos.

O coordenador do projeto e vice-presidente do IPP, Luís Loures, explicou à agência Lusa que o “Guardiões” pretende utilizar a região Alentejo como um “laboratório vivo”, com o objetivo de “congregar uma análise”, não só da situação de referência, àquilo que são os impactos decorrentes das alterações climáticas, mas também sobre a “criação de medidas, estratégias, metodologias específicas” para combate às alterações climáticas.

“Nós queremos estudar o Alentejo como ‘laboratório vivo’, o objetivo é estudar o fenómeno e, por isso, o projeto tem também uma componente muito grande de sensibilização ambiental, sensibilização para as alterações climáticas”, acrescentou.

Luís Loures referiu que este projeto vai também incidir a sua ação junto da comunidade escolar, “de todos os níveis de escolaridade”, com conteúdos “específicos e adequados” a cada faixa etária e nível de ensino.

“É um projeto que, além da componente científica, tem também uma componente de educação ambiental e sensibilização muito forte para chegar a grandes massas”, disse.

O “Guardiões” vai ainda promover, ao longo dos dois anos de execução, cinco conferências internacionais com o objetivo de reunir no Alentejo “o melhor que existe” a nível nacional e internacional na componente científica, mas também “potenciais investidores” ligados a estas temáticas. “A ideia é cruzar aqui também a parte da ciência com o desenvolvimento regional”, disse.

O projeto, que visa sensibilizar a sociedade civil para esta temática, através da criação de conteúdos e da realização de um conjunto ações, conta com uma equipa de trabalho composta por especialistas em alterações climáticas e políticas ambientais, pedagogos, engenheiros do ambiente, engenheiros informáticos, arquitetos, arquitetos paisagistas, gestores, designers, profissionais de comunicação e economistas.

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