Peso das renováveis no consumo é o mais alto dos últimos 45 anos

  • 01 julho 2024, segunda-feira
  • Energia

Fotografia: ededchechine_Freepik

Nos primeiros seis meses do ano, a produção de energia renovável abasteceu 82 por cento do consumo de eletricidade, a contribuição semestral mais alta dos últimos 45 anos, anunciou a REN – Redes Energéticas Nacionais.

A energia hidroelétrica foi responsável por 39 por cento, a eólica por 28 por cento, a fotovoltaica por nove por cento e a biomassa seis por cento. A produção via gás natural foi responsável por oito por cento, com os restantes dez por cento a corresponderem ao saldo importador.

No primeiro semestre, o consumo de energia elétrica ficou 1,6 por cento acima do verificado no mesmo período do ano anterior, o que atinge os 2,5 por cento, considerando efeitos de temperatura e dias úteis. O índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33 (média histórica igual a 1), o de eólica 1,06 e o de solar 0,93.

De acordo com a REN, em junho, em resultado das temperaturas abaixo dos valores normais, o consumo de energia elétrica baixou 1,7 por cento, embora com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis se verifique um aumento de 0,7 por cento. Ainda em junho, a produção renovável abasteceu 57 por cento do consumo, a produção não renovável quatro por cento e a energia importada, que registou o saldo mensal mais elevado de sempre, os restantes 39 por cento.

No mês passado, os índices de produtibilidade respetivos situaram-se abaixo dos valores médios, 0,91 para o hidroelétrico, 0,92 para o eólico e 0,89 para o solar.

No mercado de gás natural, registou-se em junho uma descida homóloga no consumo de 40 por cento. Enquanto no segmento de produção de energia elétrica a descida foi de 96 por cento, no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, a redução foi de 3,2 por cento.

No primeiro semestre, o consumo acumulado anual de gás natural registou uma descida de 19 por cento, resultado de uma quebra de 66 por cento no mercado elétrico, parcialmente compensada por uma evolução positiva de 3,4 por cento no segmento convencional. Para o primeiro semestre tratou-se do consumo de gás mais baixo desde 2003.

Em junho, o abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar fortes exportações, equivalentes a cerca de 55 por cento do consumo nacional, acrescentou ainda a REN em comunicado enviado à redação.

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