Municípios de Coimbra vão reabilitar ecossistemas do rio Ceira

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra assinou o auto de consignação de uma intervenção de mais de 400 mil euros para reabilitar os ecossistemas ribeirinhos do rio Ceira.

A intervenção vai estender-se ao longo de cerca de 35 quilómetros do rio Ceira, abrangendo os municípios de Arganil, de Góis, da Lousã e de Pampilhosa da Serra (no interior do distrito de Coimbra), numa empreitada de 418 mil euros que prevê remover espécies invasoras e plantar árvores autóctones ao longo das margens daquele curso de água, afirmou à agência Lusa o vice-presidente da CIM da Região de Coimbra e presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa.

“A plantação de espécies autóctones, como os amieiros, ajuda a conter as margens do rio e, ao mesmo tempo, amortecer a velocidade da água”, salientou o autarca, referindo que, para além da remoção de espécies invasoras, como as acácias, e plantação de outras, haverá também “soluções de engenharia natural” nas margens.

Esta intervenção, para além de ser “um importante contributo” para a monitorização e controlo do caudal do rio, permite também potenciar “a componente de visitação”, realçou.

Segundo Luís Paulo Costa, este auto de consignação está inserido no âmbito de um projeto com apoio europeu com um valor global de 2,6 milhões de euros, que prevê outro tipo de investimentos, como a contratação de guarda-rios (pessoas que fazem a vigilância e monitorização do rio) e a reabilitação de estruturas como antigos açudes e moinhos ao longo daquele que é “o único rio na região Centro que se mantém relativamente selvagem”.

“Este rio tem um impacto muito grande no caudal do Mondego, podendo ter uma contribuição de cerca de 50 por cento do caudal efetivo do Mondego. É importante monitorizá-lo e acompanhá-lo”, frisou o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, município esse que acolheu a cerimónia de assinatura do auto de consignação, onde estiveram presentes autarcas dos quatro concelhos abrangidos.

Para o autarca, esta intervenção permite valorizar o rio, permitindo potenciar “uma parte importantíssima que é o ecoturismo”.

“Queremos devolver o rio a todos os que nos queiram visitar”, salientou, frisando que a intervenção não pressupõe novas construções nem novos acessos ao rio.

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