Intensidade energética da economia volta a diminuir
- 28 novembro 2024, quinta-feira
- Energia
Imagem PIRO4D / pixabay
A intensidade energética da economia foi de 4,4 MJ/€ em 2022, o que representa uma diminuição de 4,5 % face a 2021. As famílias seguiram a mesma tendência
Os dados do INE mostram que 2022 é o quinto ano consecutivo de diminuição da intensidade energética na economia. Tal não significa uma diminuição no consumo, mas uma variação mais expressiva entre a utilização de energia (aumentou 2 %) e o crescimento do PIB em termos reais (aumentou 6,8 %). No caso das famílias, a intensidade energética registou uma diminuição de 4 %, ou seja, o aumento do consumo de produtos energéticos foi de 1,5 % e o aumento do consumo privado foi de 5,6 %.
“A produção de eletricidade com origem renovável diminuiu 6,1%, devido sobretudo à menor disponibilidade hídrica (-45,1 %). Ainda assim, a contribuição das energias renováveis para a produção de eletricidade foi de 51,0 % (segundo valor mais elevado do período 2000-2021, só ultrapassado pelo ano de 2021 com 52,9 %), em resultado do efeito conjugado da eliminação da utilização de carvão, por encerramento em 2021 das duas últimas centrais de produção de eletricidade a carvão em Portugal, com o aumento de utilização de fontes renováveis, com destaque em 2022 para a energia solar (+38,7 %)”, revela ainda o comunicado do INE.
Consumo de gás natural diminui
Embora num período mais alargado (agosto de 2022 a abril de 2024), o consumo mensal acumulado de gás natural diminuiu 28,2 %, uma descida mais pronunciada do que a verificada na União Europeia (17,9 %). Esta variação acontece após as regras comuns adotadas em 2022 pela Comissão Europeia terem passado a estabelecer uma meta de redução voluntária do consumo de gás natural de 15 % face à média dos cinco anos anteriores para os meses considerados.
“A iniciativa legislativa, para além de visar aumentar a segurança do aprovisionamento energético da UE, tinha também o intuito de garantir a independência dos combustíveis fósseis de origem russa. O impacto na UE foi significativo com as importações em 2022 de gás natural provenientes da Rússia a reduzirem-se em 44,4%, face a 2021. Ainda assim a Rússia mantém-se como o principal fornecedor de gás natural da UE (passou de 40,7 % no período 2017-2021 para 21,1 % em 2022). Em Portugal a alteração foi marginal (as importações de gás natural provenientes da Rússia passaram de 5,0% no período 2017-21 para 4,3 % em 2022) uma vez que o principal fornecedor continua a ser a Nigéria (41,8 % em 2017-2021 e 45,2 % em 2022)”, detalha o INE em comunicado.
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