Importação de energia elétrica atinge valor mais alto de sempre

  • 06 junho 2022, segunda-feira
  • Energia

A importação de energia elétrica até maio atingiu “o valor mais elevado de sempre” no sistema elétrico nacional, com 4 402 gigawatts-hora, face ao anterior recorde de 4 203 gigawatts-hora no mesmo período de 2008, divulgou a REN – Redes Energéticas Nacionais.

Neste período, o índice de produtibilidade hidroelétrica (das barragens) registou 0,35, muito abaixo da média histórica que é igual a 1, o índice de produtibilidade das eólicas foi 0,95 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar 1,06 (média histórica igual a 1).

“Apesar do muito reduzido valor de hidraulicidade, a produção renovável abasteceu 49 por cento do consumo de energia elétrica entre janeiro e maio, repartida pela eólica com 26 por cento, hidroelétrica com 12 por cento, biomassa com sete por cento e fotovoltaica com cinco por cento. A produção a gás natural abasteceu 30 por cento do consumo, com os restantes 21 por cento a corresponderem ao saldo importador”, precisou a REN.

Segundo os dados da REN, no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o consumo de energia elétrica cresceu 2,7 por cento, ou 3,0 por cento com a correção do efeito da temperatura e dias úteis.

Considerando apenas o mês de maio, o consumo de energia elétrica “manteve a tendência de crescimento dos últimos meses”, registando uma variação mensal homóloga de 2,9 por cento, ou de 1,9 por cento, com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

Ainda neste período, o regime hidroelétrico manteve-se seco, com um índice de 0,42 (média histórica igual a 1), tendo o regime eólico, também, apresentado um valor abaixo da média histórica (0,88).

“Apenas o regime fotovoltaico ficou acima dos valores médios, registando 1,05 (média histórica igual a 1)”, notou a REN, acrescentando que, “ainda em maio, a produção renovável abasteceu 45 por cento do consumo, a não renovável 33 por cento, enquanto os restantes 22 por cento corresponderam a energia importada”.

Já no mercado de gás natural, registou-se em maio um crescimento de 3,2 por cento, em “resultado de uma quebra de 22 por cento no mercado convencional, compensada pela subida no segmento de produção de energia elétrica, que registou um aumento homólogo de cerca de 70 por cento”.

De acordo com a REN, “o abastecimento foi efetuado integralmente a partir do terminal de GNL [gás natural liquefeito] de Sines, mantendo-se exportações através da interligação com Espanha, que representaram este mês cerca de 16 por cento do consumo nacional”.

De janeiro a maio, o consumo acumulado anual de gás natural “esteve praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior”, registando um crescimento global de 0,2 por cento, resultado de uma quebra de 23 por cento no segmento convencional e de um crescimento de 67 por cento no segmento de produção de energia elétrica.

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