Eólica offshore pode atrair 1 trilião de dólares até 2040

Offshore Wind Outlook 2019 é o estudo recentemente lançado pela Agência Internacional de Energia sobre a eólica offshore, que antevê uma expansão brutal desta forma de energia até 2040, contribuindo de forma significativa para a descarbonização.

Os autores do relatório preveem um aumento global da capacidade eólica offshore em 15 vezes até 2040, e a atração de cerca de 1 trilião de dólares de investimento cumulativo. Tal contexto será potenciado pela queda dos custos, por políticas públicas favoráveis e progresso tecnológico na forma de turbinas maiores e fundações flutuantes.

De facto, a evolução tem sido significativa. Se em 2010 a capacidade estava em 3 GW, em 2018 essa capacidade evoluiu para 23 GW. A implantação anual desta tecnologia cresceu cerca de 30 por cento ao ano (só o fotovoltaico tem um crescimento maior). Embora a Europa se destaque neste crescimento, com quase 20 GW de capacidade atual, a China também tem vindo a marcar passo e deverá continuar a destacar-se, até pela necessidade que o país tem de reduzir a poluição atmosférica. Prevê-se que até 2025 o país tenha a quarta maior frota eólica mundial, ultrapassando o Reino Unido. Em 2040, a capacidade chinesa deverá estar em 180 GW.

A nível global, os incrementos deverão duplicar ao longo dos próximos cinco anos, sendo que em 2030 deverão estar a ser acrescentados 20 GW por ano. A partir de 2030, a Agência prevê que a competitividade dos custos ajude a manter o ritmo do crescimento, chegando até a um aumento anual de 40 GW de capacidade em 2040.

No entanto, a China não será o único país a dar cartas no continente asiático. A Coreia, Índia e Japão deverão deter 60 GW de capacidade até 2040. A Coreia deverá ser, aliás, o maior mercado a seguir à União Europeia, China e Estados Unidos, até pelas metas ambiciosas estabelecidas pelo país em matéria de renováveis. Neste cenário, a eólica offshore deverá ser responsável por mais de 10 por cento da eletricidade do país até 2040, complementada com 16 por cento proveniente do solar fotovoltaico e eólica offshore combinados.

À medida que o mercado expande, expande-se também o seu papel no abastecimento de eletricidade. A fatia da eólica offshore pode representar, segundo as projeções da Agência, 3 a 5 por cento da eletricidade global.

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