Energia rima com cidadania e com democracia

Fotografia: Vladimir Srajber_Pexels

A transição para uma economia baseada em energias renováveis está em curso e já não será travada. Esta transição energética é politicamente consensual na sociedade portuguesa e europeia, sendo reconhecida a importância da mesma. A descarbonização da economia pode também permitir uma transformação social no sentido de uma sociedade mais inclusiva e mais justa no custo e acesso à energia.

Na transição energética em curso, podem ser identificados dois modelos para o desenvolvimento de novos sistemas de produção de energia: o centralizado e o descentralizado. Embora os dois sejam necessários, o peso de cada um será diferente, dependendo das políticas adotadas.

Para avançarmos para uma transição energética mais justa, é necessário contemplar um conjunto de estratégias e medidas, que irão influenciar o peso da produção centralizada, descentralizada e, dentro desta, o autoconsumo. O modelo centralizado tem a sua base na produção de energia renovável de forma concentrada, seja em centrais solares, eólicas, hídricas ou outras. Esta produção centralizada é necessária à luz da dependência que ainda temos dos combustíveis fósseis. No entanto, o modelo centralizado de produção de energias por fontes renováveis mantém a estrutura de produção e distribuição de energia elétrica. Este modelo mantém também a lógica de consumo unidirecional, onde os cidadãos são consumidores passivos, não havendo espaço para a sua participação no setor energético. (…)

Por Ana Rita Antunes, coordenadora executiva da Coopérnico

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº145 mar/abr 2024, dedicada ao tema 'Energia: o impacto das energias renováveis em Portugal'

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