Empresas assinam Pacto Português para os Plásticos

Foram 25 as empresas que se juntaram para assinar o Pacto e se comprometeram a cumprir com as metas propostas até 2025. O principal foco é solucionar problemas associados ao plástico, em particular com o plástico de utilização única.

A cerimónia de lançamento do Pacto Português para os Plásticos ocorreu esta semana, em Lisboa, com o mote “Juntos, por uma economia circular para os plásticos”. A iniciativa é organizada pela Associação Smart Waste Portugal, que conta com o apoio do Governo português, e pertence à rede Pactos de Plásticos do projeto ‘New Plastics Economy’, da Fundação Ellen MacArthur.

O Pacto pretende acabar com o lixo de plástico, tendo como principal objetivo transitar para uma economia circular, usando o plástico de forma sustentável e garantindo que este deixe de existir nos ecossistemas naturais.

As metas apresentadas a que as empresas e entidades se comprometeram a atingir até 2025 são: definir medidas para eliminar os plásticos de utilização única considerados problemáticos ou desnecessários; cem por cento das embalagens de plástico devem ser reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis; 70 por cento ou mais das embalagens plásticas devem ser efetivamente recicladas; incorporar, em média, 30 por cento de plástico reciclado nas novas embalagens de plástico; e ainda promover atividades de sensibilização e educação aos consumidores para a utilização circular dos plásticos.

Para além de empresas ligadas à indústria transformadora e operadores de gestão de resíduos, várias marcas e principais retalhistas também assinaram o Pacto, tais como Coca-cola, Delta Cafés, Colgate Palmolive Portugal, Lidl & Companhia, Jerónimo Martins, Nestlé Portugal, Sonae e Unilever FIMA. Os membros desta iniciativa representam, em conjunto, grande parte das empresas que comercializam embalagens em plástico dos produtos vendidos nos supermercados nacionais.

A estas marcas juntam-se 30 entidades, tais como associações empresariais, organizações sem fins lucrativos e universidades, e os ministérios do Ambiente e Ação Climática, da Economia e da Transição Digital, e do Mar.

O presidente Smart Waste Portugal, Aires Pereira, acredita que o Pacto, tendo uma grande representatividade das entidades da cadeia de valor dos plásticos em Portugal, tem uma grande capacidade de criar impacto e uma grande responsabilidade em promover a transição para uma economia circular dos plásticos no país. Esta iniciativa “terá um papel fundamental em garantir o uso responsável, sustentável e circular dos plásticos em Portugal, permitindo extrair o máximo valor deste material, sem comprometer o ambiente”, afirmou Aires Pereira.

Em Portugal, espera-se que o Pacto Português para os Plásticos venha a estimular novos modelos de negócio que possibilitem a redução do volume de embalagens de plástico, e ainda que venha a promover o desenvolvimento de um sistema de reciclagem mais eficiente. Será ainda elaborado o ‘Roadmap 2025’, “onde se dará prioridade aos projetos que criarão maior impacto, a curto e longo prazo, tais como a redução de barreiras à incorporação de plásticos reciclados em novos produtos e embalagens, desenvolvimento de embalagens reutilizáveis e promoção de um sistema de depósito de embalagens eficaz”, lê-se em comunicado.

O ministro do Ambiente e Ação Climática, Pedro Matos Fernandes, revelou que o ministério apoia institucionalmente o Pacto com grande expetativa. “Num contexto em que a escassez de recursos se agrava, a qualidade da gestão de resíduos tem de evoluir para sistemas que possibilitem uma melhor separação e extração de materiais”, sublinhou o ministro.

A Smart Waste Portugal vai lançar, no próximo verão, uma campanha de sensibilização dos cidadãos para que estes contribuam para o processo de transição para uma economia circular dos plásticos.

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