Disponibilidade hídrica de albufeiras desceu em setembro

  • 07 outubro 2021, quinta-feira
  • Água

A água armazenada em albufeiras portuguesas teve uma descida generalizada de agosto para setembro, havendo agora nove albufeiras com menos de 40 por cento de água, grande parte na bacia do rio Sado.

Os números, de acordo com o boletim das disponibilidades hídricas armazenadas em albufeiras a 30 de setembro, divulgados pela Agência Portuguesa do Ambiente, indicam que houve um aumento do volume armazenado em uma bacia hidrográfica e uma descida em 11, comparativamente ao final de agosto, havendo oito albufeiras a mais de 80 por cento (eram 11 em agosto).

As que apresentam menor disponibilidade hídrica situam-se uma na bacia do Lima, outra na bacia do Mondego, duas no Algarve e cinco na bacia do Sado. No Sado a barragem de Campilhas está a quatro por cento, a de Monte da Rocha a 18 por cento, sendo a mais cheia a de Odivelas, a 39 por cento.

As bacias do Mira e Ribeiras do Barlavento “continuam com valores de armazenamento total inferior aos valores médios históricos”, lê-se no boletim, no qual também se destaca que os armazenamentos em setembro de 2021 são superiores às médias de setembro (tendo em conta os anos de 1990/91 a 2019/20), exceto para as albufeiras do Lima, Mira e Ribeiras do Algarve.

As bacias do Barlavento apresentaram os piores valores, para uma média em setembro estimada em 56,8 por cento, estavam o mês passado com 16,6 por cento.

A APA nota também que as albufeiras do Sotavento algarvio estão abaixo da média, e que no barlavento o caso mais preocupante é na barragem da Bravura, com níveis de água muito “aquém dos valores históricos” (17 por cento).

Nas bacias hidrográficas do lado espanhol, mas que se refletem em Portugal, houve também uma descida quase generalizada. As bacias espanholas dos rios Minho e Lima apresentam agora 44,3 por cento (em agosto 46,7 por cento), o Douro 44,3 por cento (uma descida de sete por cento) e o Guadiana 29,3 por cento, uma pequena descida. Só na bacia do Tejo espanhol houve uma ligeira subida, de 41,6 para 41,9 por cento.

A APA nota ainda que a barragem de Santa Clara, que abastece o perímetro de rega do sudoeste alentejano, “está nos 44 por cento abaixo do nível mínimo de exploração sem recorrer a bombagem”.

Newsletter Indústria e Ambiente

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia e Gestão do Ambiente.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.