Os desafios e as soluções para a gestão da água na agricultura provocados pelas alterações climáticas

As alterações climáticas não constituem um problema futuro. Já se fazem sentir em todo o mundo de forma diferenciada, em especial na Região Mediterrânica e no Sul da Europa, incluindo a Península Ibérica. Em Portugal, desde a década de 1970, a temperatura média anual subiu cerca de 0,2º C por década o que representa 1º C em meio século. As ondas de calor tornaram-se mais intensas e frequentes. Temos tido maior variabilidade na precipitação anual e uma descida da sua média decadal em cerca de 30 mm por década desde 1970, o que representa 150 mm em meio século. Tanto a severidade como a frequência das secas têm aumentado.

Quanto ao futuro, temos a incerteza resultante de não saber se o Acordo de Paris, que limita em 2º C o aumento da temperatura média global da atmosfera relativamente ao período pré-industrial, vai ou não ser cumprido. É possível limitar as emissões globais de gases com efeito de estufa de modo a cumprir o Acordo de Paris mas este cenário está a tornar-se cada vez mais improvável. Para lidar com esta incerteza utilizam-se cenários climáticos baseados na evolução do forçamento radiativo no topo da troposfera designados por RCP 2.6, RCP 4.5 e RCP 8.5. No primeiro cenário cumpre-se o Acordo de Paris, no segundo a temperatura média global aumenta 3º C até ao final do século e no terceiro, o mais gravoso, as emissões de gases com efeito de estufa continuam a aumentar até 2100 e o aumento da temperatura atinge valores superiores a 4º C para lá do século XXI. (...)

Artigo completo da Indústria e Ambiente nº114 jan/fev 2019

Filipe Duarte Santos

Autor da coluna Alterações Climáticas / Presidente do CNADS

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