Desafios e futuro da profissão

  • 28 fevereiro 2022, segunda-feira
  • Gestão

Engenharia do Ambiente continua a ser uma profissão com futuro e essencial para um futuro que tem de ser mais sustentável. Sempre vi os engenheiros do ambiente como elementos de ligação que fazem pontes em equipas multidisciplinares para resolver problemas ambientais, traduzindo as linguagens das diferentes especialidades e trabalhando em conjunto para encontrar as melhores soluções na interface entre os seres humanos e o meio ambiente. Os desafios que enfrentamos atualmente e, que se anteveem para o futuro, exigem profissionais com essas características.

A pressão humana no meio ambiente vai continuar a aumentar no século XXI. As Nações Unidas preveem que a população mundial atinja 9.8 biliões em 2050 e 11.2 biliões em 2100. Nas próximas décadas, a humanidade enfrentará desafios prementes, como o Estado de Emergência Climático. O aumento previsto de fenómenos meteorológicos extremos coloca uma enorme pressão sobre o abastecimento de água, a produção agrícola e o ambiente construído a nível global. Os Engenheiros do Ambiente desempenharão um papel fundamental e têm oportunidade para liderar no desenvolvimento de tecnologias e sistemas de mitigação e adaptação aos efeitos das alterações climáticas.

As reduções nas emissões de gases com efeitos de estufa (GEE) necessárias para atingir “net zero” vão exigir que as infraestruturas urbanas, industriais e de transporte existentes sejam reconvertidas para eletricidade gerada com uma intensidade de carbono substancialmente menor. A eficiência energética que é necessário atingir no cenário “net zero” vai exigir o desenvolvimento e implementação eficaz de tecnologias inovadoras e emergentes.

O crescimento na utilização de energias renováveis e o desenvolvimento de tecnologias com maior custo-eficácia para explorar e armazenar essas formas de energia vai certamente também envolver os engenheiros do ambiente. A redução das emissões de GEE associadas à agricultura necessita de novas abordagens e tecnologias; bem como a monitorização, minimização e eliminação das emissões de metano em sistemas naturais. Tecnologias para sequestrar dióxido de carbono e outros GEE terão também um papel fundamental nas medidas que têm de ser implementadas para combater o Estado de Emergência Climático e os engenheiros do ambiente terão, aí também, um papel de relevância. (...)

Helena Gomes, professora assistente, Faculdade de Engenharia, Universidade de Nottingham, Reino Unido

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº132 jan/fev 2022, dedicada ao tema 'Engenheiro do Ambiente: desafios e futuro da profissão'

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