Consumo de eletricidade com queda acumulada de 3,5%
O consumo de eletricidade em Portugal caiu 3,5 por cento nos primeiros nove meses do ano, segundo dados da REN - Redes Energéticas Nacionais, divulgados pela Lusa, que apontam para uma queda de 4,2 por cento com correção de temperatura e dias úteis.
Em setembro, adiantou a REN, “o consumo de energia elétrica voltou a ficar muito próximo do verificado no mesmo mês do ano anterior, tal como tinha acontecido em agosto”.
Assim, segundo os mesmos dados, verificou-se uma redução de 0,2 por cento, ou 1,6 por cento com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. “A evolução anual registou, no final de setembro, uma variação negativa de 3,5 por cento, ou menos 4,2 por cento, com correção de temperatura e dias úteis”, indicou a gestora das redes.
No que concerne o consumo de gás natural, registou-se uma subida de 13 por cento em setembro face ao período homólogo, com crescimentos “tanto no segmento de produção de energia elétrica, com 19,5 por cento, como no segmento convencional, que engloba os restantes consumos, com 8,4 por cento”.
No entanto, o consumo acumulado do ano é negativo em 1,5 por cento, com o segmento convencional a apresentar uma variação negativa de 6 por cento, enquanto o segmento de produção de energia elétrica ganhou 6,9 por cento.
Por outro lado, de acordo com os mesmos dados, no período em análise, “o índice de produtibilidade hidroelétrico situou-se em 1,42 (média histórica igual a 1), um valor muito acima da média, mas com significado limitado devido aos valores ainda baixos, característicos desta altura do ano”, ressalvou a REN.
Também o índice de produtibilidade eólica “ficou acima do regime médio registando 1,07 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 40 por cento do consumo (incluindo saldo exportador) e a não renovável os restantes 60 por cento”, de acordo com os dados da REN.
No agregado dos primeiros nove meses do ano, “o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se em 0,97 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,89 (média histórica igual a 1)”.
Entre janeiro e setembro, a produção renovável abasteceu 56 por cento do consumo, repartido pela hidroelétrica com 24 por cento, eólica com 22 por cento, biomassa com 7 por cento e fotovoltaica com 3 por cento.
A produção não renovável abasteceu 38 por cento do consumo, sobretudo com gás natural, sendo o carvão cerca de 3 por cento do consumo. “O saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes 6 por cento do consumo nacional”, concluiu a empresa.
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