Construir conhecimento sobre qualidade do ar: a ciência e o cidadão

A poluição atmosférica é hoje o principal risco ambiental para a saúde humana na Europa.

Apesar dos esforços para diminuir os níveis de poluentes na atmosfera, através de medidas como a implementação de tecnologias mais limpas na indústria, o investimento em energias renováveis, o reforço da eficiência energética, o desenvolvimento de veículos mais eficientes, a produção de combustíveis menos poluentes, a promoção de formas de mobilidade alternativas e a restrição da mobilidade privada tradicional, continua a verificar-se o incumprimento dos valores limite estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde e os consequentes impactes negativos na saúde da população, particularmente nas zonas urbanas.

Segundo o mais recente relatório da Agência Europeia do Ambiente sobre a qualidade do ar na Europa, em 2016 ocorreram 5830 mortes prematuras em Portugal resultantes da exposição a poluentes atmosféricos (4900 das quais relacionadas com partículas finas), o que representa um valor 10 vezes superior à mortalidade verificada nas estradas portuguesas no mesmo ano. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a causa de 80% dessas mortes prematuras, às quais se seguem as doenças respiratórias e o cancro.

As partículas finas (PM2,5) são um dos principais poluentes atmosféricos e os seus efeitos são observados mesmo em níveis muito baixos de exposição, não sendo possível definir uma concentração abaixo da qual não ocorram efeitos adversos à saúde.

A exposição da população a PM2,5 nas nossas cidades é normalmente avaliada através de medições das concentrações de poluentes, efetuadas pela Rede Nacional de Monitorização da Qualidade do Ar. No entanto, esta abordagem não compreende a totalidade da exposição da população.(...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº120 jan/fev 2020

Marta Almeida, investigadora no Instituto Superior Técnico

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