Coimbra quer poupar 781 mil euros por ano em energia

  • 12 dezembro 2022, segunda-feira
  • Energia

O Plano de Eficiência Energética para 2023 da Câmara de Coimbra deverá permitir uma poupança anual de 781 mil euros e a redução de 631 toneladas de emissões de dióxido de carbono, afirmou o município.

O plano, apresentado pelo executivo numa conferência de imprensa nos Paços do Concelho, irá à próxima reunião da Câmara de Coimbra e seguirá depois para um período de discussão pública para colher contributos dos cidadãos.

Segundo o vereador do ambiente, Carlos Lopes, o Plano de Eficiência Energética (PEE) para 2023 conta com várias ações previstas em diferentes categorias, como a iluminação pública, a climatização ou fontes de energia renovável.

O plano, cuja urgência foi acentuada pela inflação e aumento dos custos na área da energia, prevê uma diminuição drástica do consumo energético, através de um investimento que poderá chegar aos 765 mil euros em 2023.

Da análise feita aos consumos, o documento aponta para uma preponderância no consumo de eletricidade (68 por cento dos consumos) e um peso grande nos gastos anuais da iluminação pública, seguida dos equipamentos desportivos e edifícios escolares.

Carlos Lopes notou que o último investimento do município para a instalação de painéis solares com vista à produção energética foi de 2012, considerando que é necessário alterar essa situação.

Nesse sentido, a Câmara de Coimbra está a procurar “oportunidades com entidades privadas” para serem constituídas comunidades de energia renovável, com recurso a edifícios municipais, apontando para exemplos onde isso poderia acontecer, como é o caso do estádio municipal e as instalações dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra.

“A lei [das comunidades de energia] está regulamentada, mas têm sido identificadas várias lacunas. Esperemos que, em breve, possamos dar o exemplo” e criar uma comunidade em Coimbra, realçou Carlos Lopes.

Ajuste da climatização nos vários edifícios municipais, alteração do horário de funcionamento das piscinas e complexos desportivos (menos 45 minutos de segunda a sexta-feira), ajuste da temperatura dos tanques de natação e restrição do uso de elevadores apenas para casos de estrita necessidade são algumas das medidas previstas.

“Queremos que toda a população do concelho se envolva neste plano e possam dar o seu contributo”, frisou o presidente da Câmara, José Manuel Silva, realçando a importância do plano num contexto de subida dos preços da energia e de combate às alterações climáticas.

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