Climate-Smart Mining: reduzir o impacto da tecnologia de renováveis sobre os recursos

A urgência da transição energética não deixa margem para hesitações. Cumprir o Acordo de Paris e limitar o aquecimento do planeta a 1,5 ºC a 2ºC até 2050 é um caminho cheio de desafios mas urgente. A tecnologia de produção e armazenamento de energia renovável é, contudo, intensiva em recursos minerais. Importa, por isso, limitar os impactos no solo, na floresta, nos recursos hídricos e nas comunidades locais que decorrem desta necessidade. A iniciativa Climate-Smart Mining, do Banco Mundial, apresentada no dia 20 de janeiro na Conferência APEEN2021 – Transição Energética e Sustentabilidade, propõe um caminho sustentável.

Fabricar os painéis solares, as turbinas eólicas e as baterias necessárias para produzir e armazenar a energia de que necessitamos vai moldar a oferta e a procura de minerais críticos num futuro próximo. As implicações deste processo serão sobretudo sentidas nos países em desenvolvimento, ricos em minério, que apesar de beneficiarem do aumento da procura vão ter de lidar com a pegada associada à atividade.

O Banco Mundial já se tinha debruçado sobre a questão em 2017, mas agora, no relatório Minerals for Climate Action: The Mineral Intensity of the Clean Energy Transition, evidencia ainda mais o problema e enfatiza a forma como as melhorias tecnológicas e a reciclagem podem impactar a procura de minerais. A iniciativa Climate-Smart Mining propõe-se ajudar os países em desenvolvimento, e ricos em recursos naturais, a beneficiar do aumento da procura e a gerir a pegada ambiental dessa procura.

Os stakeholders ligados ao minério e energias renováveis têm um papel vital na transição. Já num relatório the 2017, o Banco Mundial tinha alertado que não será possível um futuro com bbaixo carbono sem minerais. Este evidencia ainda mais o problema, mas enfatiza a forma como as melhorias tecnológicas e a reciclagem podem impactar a procura de minerais até 2050.

Diferentes minerais, diferentes necessidades

Num cenário de aumento de temperatura em 2 graus, a produção de lítio, grafite e cobalto terá de aumentar mais de 450 por cento até 2050, comparativamente com níveis de 2018, para cobrir as necessidades tecnológicas de armazenamento de energia. No caso do alumínio e do cobre, a procura será menor mas em termos absolutos os números são muito significativos (...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº126 jav/fev 2021

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