Breve Introdução à Geoengenharia e aos seus Perigos

A probabilidade de não cumprir o Acordo de Paris aumenta todos os dias. Podemos ter uma atitude de grande esperança e continuar a acreditar que vai ser possível cumprir, mas os dados sobre a evolução recente das emissões globais de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) não são encorajadores. Em média, quase todos os dias se publica um artigo de investigação em boas revistas científicas onde se alerta para a gravidade dos impactos presentes e futuros das alterações climáticas nos mais diversos setores socioeconómicos e sistemas biogeofísicos, tais como a saúde humana, migrações, disponibilidade de água, agricultura, florestas e fogos florestais, biodiversidade, zonas costeiras, economia, seguros e turismo. É inequívoco que quanto maior for o aumento de temperatura acima de 2º C mais gravosos e generalizados serão os impactos negativos.

Para termos uma probabilidade de 66% de não ultrapassar 2º C é necessário reduzir as emissões globais anuais de CO2 dos cerca de 35 milhares de milhões de toneladas (35GtCO2) em 2017 para 9,7 GtCO2 em 2050. Será pois necessário reduzir as emissões de CO2 de 72% nos próximos 33 anos, embora tenham aumentado cerca de 100% nos últimos 33 anos. É possível mas será que irá acontecer? Muitos estão convencidos que não e que temos de encontrar uma solução alternativa. Esta tem o nome genérico de geoengenharia e consiste na manipulação deliberada dos aspetos físicos, químicos ou biológicos do sistema Terra com o objetivo de neutralizar algumas das consequências das emissões crescentes de gases com efeito de estufa para a atmosfera. (...)

Artigo completo da Indústria e Ambiente nº112 set/out 2018

Filipe Duarte Santos

Autor da coluna Alterações Climáticas / Presidente do CNADS

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