Angola produziu e distribuiu mais de 4 biliões de sacos plásticos em 2022

Angola produziu e distribuiu, em 2022, mais de quatro biliões de sacos plásticos, maioritariamente as utilizadas para engarrafamento de água e sacolas de supermercado, anunciou a presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Resíduos.

Nelma Caetano, que falava à margem de uma reunião do grupo técnico de apoio à Comissão Multidisciplinar para a Elaboração do Plano Nacional de Banimento dos Plásticos, considerou elevada a quantidade de plásticos produzida e utilizada para “o número ainda incipiente” de empresas de reciclagem existentes no país.

“O levantamento que nós fizemos, só em 2022, nós produzimos e distribuímos mais de quatro biliões de sacos plásticos”, referiu Nelma Caetano, em declarações à imprensa, defendendo que é preciso que “a população comece a mudar o seu comportamento, a sua postura, com fim último a redução da produção plástica”.

A responsável frisou que em Angola são produzidos vários tipos de plásticos, nomeadamente PVC, PEAD, entre outros.

“E desse levantamento salta-nos à vista que o que mais prevalece aqui no nosso país são os plásticos de PET, que nós normalmente utilizamos para engarrafamento de água de mesa, que estão em grande quantidade, e os nossos produtores não têm em atenção a logística reversa, a responsabilidade alargada dos produtores”, referiu.

Segundo a presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Resíduos, outro problema é também o uso de plásticos do tipo PEAD, “que são os famosos sacos plásticos, que também estão em grande quantidade”.

O Presidente de Angola, João Lourenço, criou, em janeiro deste ano, o grupo de trabalho para a elaboração do Plano Nacional de Banimento dos Plásticos, com o objetivo de fazer face à degradação ambiental e regular o modo de produção e utilização deste produto.

De acordo com o despacho presidencial, são “preocupantes os índices de poluição decorrentes da utilização dos plásticos em geral, cujo modo de produção e utilização não encontra regulação na legislação interna” do país, um Estado costeiro, que assumiu compromissos internacionais sobre a proteção ambiental, consolidados nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

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