AdAM lança concurso de 1ME para sistema de deteção de perdas

  • 28 janeiro 2022, sexta-feira
  • Água

A empresa Águas do Alto Minho (AdAM) abriu um concurso público, no valor de um milhão de euros, para instalar um sistema de deteção de perdas na rede de abastecimento de água em baixa em sete municípios.

De acordo com o aviso publicado em Diário da República, o concurso público visa a aquisição de bens e serviços para o fornecimento e instalação do sistema de telegestão (SCADA) e o fornecimento de arquitetura de suporte aos sistemas de gestão e controlo de perdas de abastecimento de água.

No aviso, a empresa especifica que o fornecimento e instalação do sistema de telegestão (SCADA) tem um preço base de 800 mil euros, e o fornecimento de arquitetura de suporte aos sistemas de gestão e controlo de perdas de abastecimento de 200 mil euros.

O prazo de execução do contrato (prazo inicial sem incluir renovações) é de um ano e o prazo para apresentação das propostas termina a 26 de fevereiro, informa o mesmo documento.

Em maio de 2021, em comunicado, a empresa anunciou um investimento de 13 milhões de euros, financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), para combater as perdas de água, com a instalação de um sistema de telegestão, de deteção de fugas, bem como à substituição de condutas com problemas recorrentes de roturas.

A candidatura ao POSEUR para Eficiência Hídrica “visa tornar mais sustentáveis as redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais, reduzindo consideravelmente o volume de perda de água, bem como de afluências indevidas, contribuindo para a proteção dos recursos hídricos da região”.

Naquela nota, a AdAM apontou “o final do ano de 2021 para a instalação de medidores de caudal, em todas as infraestruturas localizadas da rede de abastecimento de água, permitindo aferir com exatidão o volume de água que entra no sistema e das perdas reais nos sete municípios”.

Já o “processo de controlo da gestão da rede de abastecimento de água, envolvendo a instalação de um sistema de telegestão que possibilitará receber e centralizar todos os dados dos equipamentos, (englobando mais de 600 pontos), permitirá também a atuação remota sobre as infraestruturas”.

“Prevê-se que este processo esteja concluído até ao primeiro trimestre de 2022”, referia a nota.

A AdAM “irá também implementar o WONE (Water Optimization for Network Efficienty), um sistema tecnológico desenvolvido dentro do grupo Águas de Portugal pela Empresa Portuguesa das Águas Livres, que permite a redução das perdas e a otimização do sistema de abastecimento”.

“No primeiro ano de atividade, a AdAM detetou 1.884 roturas na rede e na globalidade da sua área de intervenção um volume 45,4 por cento de perdas de água no sistema de distribuição e de 38,5 por cento de saneamento”, destacou a empresa.

A AdAM, que gere as redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento, começou a operar em janeiro de 2020, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.

A AdAM é detida em 51 por cento pela Águas de Portugal e em 49 por cento pelos municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, que compõem a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho. Os concelhos Ponte da Barca, Monção e Melgaço reprovaram a constituição daquela parceria.

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