A contribuição da natureza para o bem-estar humano

A Biodiversidade

A biodiversidade ou diversidade biológica pode definir-se como a variedade de seres vivos e das suas componentes ecológicas, ou seja, os milhões de plantas, animais e micro-organismos, bem como os seus genes e os ecossistemas que integram. A diversidade específica revela a riqueza em espécies e suas interações, e reflete a gama de adaptações evolutivas e ecológicas das espécies a ambientes particulares; a diversidade genética – a variação genética intraespecífica, quer entre populações geograficamente separadas, quer entre indivíduos da mesma população – mantém a vitalidade reprodutora, aumenta a resistência às doenças e a capacidade de adaptação a condições variáveis. A diversidade de comunidades engloba as diferentes comunidades biológicas e as suas associações com o meio; representa a resposta coletiva das espécies a diferentes condições ambientais e suporta o funcionamento dos ecossistemas, prestando serviços essenciais ao bem-estar humano.

Quantas espécies existem no planeta?

Os inventários disponíveis são muito incompletos, desde logo porque a amostragem na natureza é insuficiente e pouco consistente no espaço e no tempo, não permitindo uma análise precisa da extensão e distribuição de todos os componentes da biodiversidade. Estima-se que existam cerca de 10 milhões de espécies no mundo, conhecendo-se, de facto, cerca de dois milhões. Temos, sobretudo, informação dos locais onde foram identificadas e porventura algumas das suas características, mas sabemos muito pouco sobre elas.

Nos últimos 400 anos, as estimativas, que pecam certamente por defeito, apontam para a extinção de cerca de 500 animais e 700 plantas, maioritariamente devido à ação humana. Se tivermos em conta que o tempo de vida médio de uma espécie é de cinco a 10 milhões de anos, deduzimos que a atual taxa de extinção é 50 a 100 vezes superior à taxa natural. Assistimos, atualmente, à sexta extinção em massa na história da Terra, em consequência de atividades humanas como as alterações no uso do solo, as invasões biológicas e as alterações climáticas.

Razões para conservar a biodiversidade

Rapidamente invocamos razões éticas, estéticas, sociais e económicas para a conservação da biodiversidade. Foi sob este desígnio que 153 Estados assinaram a Convenção para a Diversidade Biológica em 1992, recomendando o desenvolvimento de programas nacionais para a conservação da biodiversidade. (...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº129 jul/ago 2021, dedicado ao tema 'Ambiente e recuperação económica: serviços de ecossistemas'

Helena Freitas

Professora na Universidade de Coimbra

Se quiser colocar alguma questão, envie-me um email para info@industriaeambiente.pt

Newsletter Indústria e Ambiente

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia e Gestão do Ambiente.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.