Importações de energia aumentaram 19,4 por cento em 2015, face ao ano anterior
Esta é uma das conclusões do Relatório do Estado do Ambiente (REA 2016), referente ao domínio “Energia e Clima”. O relatório revela também que a produção doméstica reduziu 10,1 por cento, numa inversão da tendência verificada nos anos anteriores. A dependência energética face ao exterior situou-se em 78,3 por cento, uma subida de 8,1 por cento em relação a 2014. A intensidade energética de Portugal mantém-se, por isso, elevada, apresentando valores superiores aos da média dos 28 Estados-Membros. Ainda assim, a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis foi de 51,7 por cento, um valor não muito distante do de 2014 (52,1 por cento).
O setor dos transportes continua a ser um dos apresentam maior consumo de energia, tendo sido responsável por 36,5 por cento do consumo total de energia primária em 2015.
No que ao ar diz respeito, a classe predominante do índice da qualidade do ar (IQAr) tem sido “Bom”, tendência que se manteve em 2015, tendo havido até um aumento dos dias com classificação “Muito Bom”. Não obstante, entre 2014 e 2015 verificou-se um aumento dos dias com classificação “Fraco” e “Mau”.
Água com boa qualidade
99 por cento da água da torneira do consumidor em 2015 é considerada segura, e as águas balneares monitorizadas apresentam um nível de conformidade próximo de 100 por cento.
Quanto ao estado das massas de água, 53 por cento das massas de água superficiais apresentaram qualidade boa ou superior, sendo que para as águas subterrâneas o valor foi de 96 por cento.
Este ano, pela primeira vez, quantificou-se a presença de nitratos de origem agrícola, já que este é um dos modos de avaliar a poluição das massas de água. Nas águas subterrâneas verifica-se um decréscimo da concentração de ião nitrato à medida que a profundidade aumenta. Em relação às águas mais superficiais, uma percentagem significativa regista concentrações superiores a 50 mg/L.
No setor dos resíduos, a produção de resíduos urbanos foi de 4,52 milhões em 2015, correspondendo a uma produção diária de 1,26 kg por habitante. Dos resíduos produzidos, 34 por cento foram depositados em aterro, 21 por cento foram alvo de valorização energética, 24 por cento de tratamento mecânico e biológico, 9 por cento de valorização material, 10 por cento de tratamento mecânico e 2 por cento de valorização orgânica. O relatório revela também que as taxas de reciclagem obtidas em 2015 possibilitaram o cumprimento das metas globais definidas na legislação.
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