COP22 debate estratégia para a energia
Os líderes de diversos setores reúnem, esta semana, na Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, em Marraquexe, para demonstrar ação sobre os esforços globais para descarbonizar o sistema energético
O Dia da Energia, assinalado na COP22 a 11 de novembro, insere-se num conjunto de dias temáticos da conferência.
O Acordo de Paris definiu uma ação urgente contra a mudança climática firmemente assente no contexto do desenvolvimento sustentável e, nesse sentido, o dia 11 de novembro foi marcado por discussões sobre a forma de alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 7 (garantir o acesso a energia a preço acessível, fiável, sustentável e moderna para todos) e garantir o acesso universal e seguro a a energia a preço acessível, fiável, sustentável e moderna que consiga ligar os atuais 1100 milhões de pessoas no mundo que têm pouco ou nenhum acesso a eletricidade, e as 2900 milhões de pessoas que ainda dependem de combustíveis sólidos poluentes e perigosos para cozinhar e se aquecerem.
Da agenda deste Dia da Energia constava o pré-lançamento dos compromissos com a “One for All” – uma campanha global a lançar no início de 2017 para procurar mobilizar novas formas de capital e novos investidores para acabar com a pobreza antes de 2030; progressos na Iniciativa dos Faróis nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Small Island Developing States, SIDS), lançada em Paris no ano passado e destinada a apoiar as ilhas na transformação dos seus sistemas energéticos; desenvolvimentos relacionados com a Iniciativa de Energias Renováveis em África (Africa Renewable Energy Initiative, AREI); e um debate sobre a transformação de energias renováveis de Marrocos.
“Os objetivos acordados em Paris não requerem nada mais do que a descarbonização radical da economia global”, afirmou Adnan Z. Amin, diretor geral da International Renewable Energy Agency (IRENA). “Transitar rapidamente para um futuro movido a energias renováveis, combinado com uma eficiência energética cada vez melhor, é a única forma realmente eficaz de combater a catastrófica mudança climática, proporcionando simultaneamente uma melhor qualidade de vida aos cidadãos. Mas o ritmo e a escala da mudança precisam de aumentar drasticamente se quisermos cumprir a promessa do Acordo de Paris. Os governos precisam de criar as políticas e os enquadramentos financeiros necessários para catalisar uma onda de iniciativas, enquanto o setor privado desenvolve as suas próprias estratégias de descarbonização, o que está perfeitamente ao nosso alcance”.
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