Água: o preço e a poupança

  • 31 dezembro 2022, sábado
  • Água

Não pretendia voltar a este assunto, mas ganhou atualidade. No final de 2021, as notícias sobre disponibilidades hídricas no país não eram boas e, desde então, só pioraram.

Foram apontadas sugestões para resolver o velho problema da escassez de água. O habitual, mas, este ano, o aumento do preço tem sido insistentemente referido como medida prioritária, umas vezes apontada como medida penalizadora - “os portugueses só mudam atitudes quando lhes dói na carteira” – outras vezes com o argumento de que as tarifas da água não cobrem os custos das entidades gestoras. Mas será assim tão simples?

1. Recordemos os instrumentos económico-financeiros que compõem o preço da água

Tarifa. Serve para recuperar os custos do serviço de abastecimento de água. Se as tarifas atuais não cobrem os custos nalgum caso, importa saber porquê. Serão os custos tão elevados que obrigam a tarifas exageradamente altas? Será a Entidade Gestora mal gerida? Será a procura irrelevante? Cabe à ERSAR pronunciar-se sobre isso.

Em todo o caso, gostaria de deixar esta reflexão: (i) se alguns utentes não puderem pagar tarifas adequadas devido a rendimentos baixos (em 2020, havia 18,4 % da população em risco de pobreza), mantendo-se por isso os mecanismos de apoio e continuando com tarifas baixas, porque irão poupar água? (...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº137 nov/dez 2022

Pedro Mendes

Consultor/Economista

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