Urgência da adaptação

A trajetória de aquecimento global ao longo dos últimos 150 anos e as evidências científicas que atestam a sua correlação com as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) resultantes da atividade humana justificam a crescente tomada de consciência com a urgência de uma ação climática.

O Acordo de Paris, de 2015, que estabeleceu objetivos de longo prazo de limitação do aumento da temperatura média global a um máximo de 2.ºC acima dos níveis pré-industriais, constitui a principal referência desta urgência. Com o compromisso da comunidade internacional em prosseguir todos os esforços para que esse aumento não ultrapasse 1,5ºC, pretende-se garantir a permanência da vida no planeta sem que ocorram alterações disruptivas.

Todavia, o agravamento, ao longo das últimas décadas, na ocorrência e intensidade de eventos extremos associados às alterações climáticas e as severas implicações das projeções de evolução climática até ao final do século, apontadas no 6.º Relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), tornam evidente que também ao nível da adaptação climática é urgente tomar medidas que preparem as comunidades, os territórios e as economias para lidar com um clima em mudança.

Ou seja, no atual panorama de escalada dos desafios associados às Alterações Climáticas, urge, para além de adotar medidas corajosas de descarbonização, que combatam as causas deste fenómeno, reduzindo ao máximo a sua expressão, adotar ações ambiciosas que minimizem os impactes e reduzam as vulnerabilidades das mudanças no Clima. (...)

Por Sérgio Barroso e Heitor Gomes, do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, e Lídia Terra e Inês Rafael, da Câmara Municipal de Loulé

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº136 set/out 2022, dedicada ao tema 'Cidades: resiliência às alterações climáticas'

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