Projetos de hidrogénio deverão crescer até 2030
- 07 outubro 2025, terça-feira
- Energia

FOTO MAREK OKON/ UNSPLASH
Apesar de recentes atrasos e cancelamentos, a produção de hidrogénio de baixas emissões deverá experimentar um crescimento robusto até 2030, segundo a Agência Internacional de Energia
O setor continua a desenvolver-se, ainda que a um ritmo mais lento do que os anúncios do início da década faziam prever.
As conclusões constam da edição de 2025 do Global Hydrogen Review, publicadas em setembro, que acompanham os desenvolvimentos do setor em todo o mundo, com particular atenção aos desenvolvimentos em tecnologias emergentes.
A procura mundial aumentou para 100 milhões de toneladas em 2024, em linha com o crescimento da procura global de energia. A vasta maioria teve como resposta o hidrogénio produzido a partir do fóssil e sem medidas para captar as emissões associadas. Setores como a refinaria de petróleo e a indústria continuam a ser os maiores consumidores. Este tipo de produção, oriundo de fontes fósseis, continua, aliás, a ser muito mais barato, e o fosso tem-se largado por causa da descida do preço do gás natural e do aumento do preço dos eletrolisadores, quer pela inflação, quer pelo desenvolvimento, mais lento do que o esperado, da tecnologia. Contudo, espera-se que este fosso venha a diminuir até 2030.
O crescimento do hidrogénio de baixas emissões ainda não está a acompanhar as expectativas da indústria e governos, até porque o crescimento está a ser constrangido pelos custos elevados e também pela incerteza na procura e na regulação, para além de um desenvolvimento lento da infraestrutura.
Nem todos os projetos acabam por realizar-se, mas ainda assim, a produção de hidrogénio de baixas emissões deve passar por uma expansão razoável até ao final da década. Os projetos atualmente operacionais, em construção ou que tenham chegado a uma decisão final de investimento até 2030 devem aumentar em mais de cinco vezes relativamente aos níveis de 2024.
A China lidera o desenvolvimento de eletrolisadores, com 65 % da capacidade instalada ou com decisão final de investimento.
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