Produzido método para reduzir DDT nos solos contaminados

  • 20 janeiro 2025, segunda-feira
  • Solos

ANJA SWEDISH GEOTECHNICAL INSTITUTE

Os investigadores da Chalmers Univeristy of Tecnhology, na Suécia, desenvolveram um novo método para diminuir os riscos do solo contaminado com DDT. 

No estudo desenvolvido, adicionaram “biochar” ao solo contaminado com DDT de um antigo viveiro de árvores e o “biochar” eliminou o DDT no organismo das minhocas em 50%. 

O biochar é um material, com baixo custo de produção, semelhante ao carvão. Quando adicionado ao solo, liga-se aos contaminantes, como o DDT, e melhora a saúde do solo. É produzido especificamente para ser adicionado a solos aráveis e tem propriedades, semelhantes às do carvão ativado, que lhe permitem ligar-se aos contaminantes, estabilizando-os. 

É produzido pela incineração de biorresíduos, como os resíduos florestais ou agrícolas, num processo conhecido como pirólise.

O que é o DDT?

O DDT (dicloro-difenil-tricloroetano) é um inseticida introduzido no ano de 1942 e é proibido há mais de 50 anos, mas permanece no solo com concentrações relativamente altas. Contém uma toxina ambiente desreguladora endócrina que se associa a efeitos adversos na saúde, como por exemplo, o cancro, doenças cardiovasculares e no sistema reprodutor. 

Sobre o método

O método desenvolvido pelos investigadores permite o cultivo de determinadas culturas em terras que são consideradas inutilizadas, pelo risco ambiental que representa o DDT.

A investigação descobriu que a mistura do solo com oa biochar torna o solo menos tóxico e com menor risco de disseminação de DTT por meio da bioacumulação na cadeia alimentar dos animais e da lixiviação para os recursos hídricos.  

De acordo, com Paul Drenning, investigador do pós-doutoramento no Departamento de Arquitetura e Engenharia Civil na Chalmers e o primeiro autor do estudo, revela que “tratar de um solo contaminado em grande volume é caro e complicado” e que “o tratamento com biochar no local poderia tornar a terra útil em vez de ser deixada sem cultivo e degradada, e a um custo significativamente menor para o proprietário e para o meio ambiente”. 

Os investigadores esperam que o efeito do método dure por muito tempo, talvez décadas.

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