O que fazer com a escassez?

  • 28 novembro 2025, sexta-feira
  • Água

D.R

Cátia Vilaça

A segunda parte do grande debate do ENEG foi marcada pelo tema da escassez e da necessidade de adaptar procedimentos e infraestruturas

O Algarve é um “laboratório de gestão integrada”, que mostra o que é necessário fazer para superar a escassez. A observação é de Alexandra Serra, vogal do Conselho de Administração da Águas de Portugal, que destacou o trabalho dos municípios da região em prol da redução de perdas, o arranque da dessalinizadora, a utilização de Água para Reutilização (ApR) na rega de campos de golfe e as captações no Guadiana.

Agora, Sines irá verificar um aumento substancial da procura de água industrial, com a instalação do data center e indústrias de produção de hidrogénio. Por isso, também aqui vai ser necessário uma abordagem integrada. Será preciso prudência com eventuais captações no Sado, dado que esta bacia também enfrenta problemas de escassez. Será importante o recurso à água residual tratada e a dessalinização também pode ser uma via.

José Martins Soares, presidente do Conselho Diretivo da APDA, alertou para a necessidade de dar prioridade ao uso eficiente da água.

Pimenta Machado situou as perdas físicas em 21 %, uma média nacional, e afirmou que baixar para 10 % já seria muito bom. Mas para isso, é preciso maior capacidade de medição, e também é preciso reabilitar as infraestruturas.

Ainda na questão das perdas, Vera Eiró, da ERSAR, alertou para a existência de diferentes fórmulas de medição entre países, que afetam o que é entendido como performance. A este propósito, a ERSAR está a participar num grupo de trabalho europeu para uniformizar estes parâmetros, de forma a que não haja indicadores supostamente melhores ou piores apenas porque os parâmetros são diferentes.

FOTO DA MONTRA ROBERTOSITZIA/ PIXABAY

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