Lisboa Capital Verde 2020

Lisboa ganhou o galardão Capital Verde 2020, não propriamente por ser a melhor cidade, mas porque evoluiu em todos os parâmetros ambientais, nalguns substancialmente e com objetivos claros e credíveis para o futuro.

Até aqui, os peritos internacionais que avaliam as candidaturas só atribuíram o prémio a capitais do norte da Europa (Copenhaga, Estocolmo, Ljulbljana e Oslo, esta última no corrente ano de 2019) e nunca a alguma cidade do sul da Europa.

Deste modo, é óbvio que Lisboa está orgulhosa, mas isso não pode implicar descansar “à sombra da bananeira”, pelo contrário, isso obriga-a a acelerar as suas medidas, a ser inclusiva e estar pronta para responder aos desafios que se colocam a todos.

É natural que em 2020 Lisboa seja o palco da discussão ambiental europeia e até mundial, pelo que, sem prejuízo de poder mostrar o que fez e o que ambiciona, tem de estar preparada para receber outras ideias, outras práticas, disponível para o debate e para proporcionar acordos nacionais e internacionais que fixem as metas ambientais desejáveis para 2030.

Antes do início da Capital Verde 2020, a Câmara Municipal de Lisboa irá mostrar e publicitar todos os dados, de forma a poder informar todos os cidadãos sobre o estado ambiental da cidade, sejam os referentes à energia, ao potencial solar, à água, aos resíduos, à biodiversidade e infraestrutura verde, à ilha de calor, bem como à mobilidade, ruído e poluição atmosférica. Só estando bem informados é que os cidadãos se sentirão motivados para participar e só com esses dados acessíveis é que poderemos monitorizar os benefícios que o comportamento de cada um pode ter na cidade e consequentemente caminhar para a necessária mudança.

Torna-se, assim, evidente que o ano 2020 esteja a ser concebido para se dirigir a todos, desde os cidadãos, aos grupos comunitários, às empresas, às escolas, às instituições públicas, universidades e outras, e às instituições de solidariedade social, por exemplo, Santa Casa da Misericórdia.

Até final de junho serão contactadas todas as escolas, freguesias e grupos comunitários da cidade de Lisboa, de forma a potenciar iniciativas próprias para integrar a programação, bem como a sua participação nos eventos / exposições / conferências organizadas pela Câmara Municipal e / ou parceiros. Do mesmo modo, estão a ser contactadas empresas de forma a formalizar o seu compromisso. Em ambos os casos, a adesão tem sido positiva e julgamos que o seu envolvimento vai ser muito forte. As entidades oficiais (Governo, Universidades, etc.) já garantiram a sua adesão à Capital Verde Europeia e a comunidade científica está desde já a preparar uma série de iniciativas que irão integrar a programação oficial da Capital Verde.

José Sá Fernandes (Vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia)

Artigo publicado na edição nº115 da IA

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