Governo anuncia estudo sobre custos dos sistemas energéticos
- 09 outubro 2025, quinta-feira
- Energia

IMAGEM ARMTRAVELLER/ PIXABAY
O anúncio foi feito na abertura do Portugal Renewable Energy Summit (PRES2025) por Jean Barroca, Secretário de Estado da Energia
O primeiro dia do Portugal Renewable Energy Summit (PRES2025), 2 de outubro, ficou marcado pelo debate em torno da evolução global das renováveis e pelas perspetivas para o futuro energético da União Europeia. Foram ainda discutidos os desafios da infraestrutura até 2030, o mercado ibérico de eletricidade, o papel do eólico offshore em Portugal e a importância do reequipamento na transição energética.
Conforme divulgou a APREN em comunicado, na abertura da conferência, Jean Barroca, Secretário de Estado da Energia, anunciou que o Governo vai lançar um estudo sobre os custos estatais dos diferentes sistemas energéticos, reforçando que “só com base em factos e análise com fundamento técnico podemos tomar decisões informadas e que garantam a proteção do interesse nacional”. O Secretário de Estado adiantou ainda que existem pelo menos três GW de potência com prazo de entrada em exploração até final de 2025, sublinhando o compromisso com maior transparência através de dados trimestrais por tecnologia, e anunciou o lançamento do segundo leilão do Pego.
O segundo dia foi dedicado a questões como a biodiversidade e a aceitação social dos projetos, a aplicação prática da legislação em vigor e a descarbonização dos consumos de energia. Em destaque estiveram também os debates sobre o cumprimento das metas de capacidade em Portugal e o papel da diplomacia económica na atração de investimento e no aumento do consumo de energia limpa.
No painel sobre legislação do setor, os oradores apontaram a dificuldade de Portugal em tomar decisões políticas que acelerem os projetos de renováveis. Foram também levantadas críticas às alterações ao IMI, que podem aumentar a litigância, e à burocracia excessiva, defendendo-se a simplificação do regime. Destacou-se ainda que medidas como a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) poderiam ser facilmente eliminadas pelo governo.
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