78 % do consumo de energia elétrica de fevereiro teve base renovável

Valor está em linha com os 77 % de acumulado do ano. A produção não renovável foi responsável por 13 % do consumo em fevereiro, enquanto os restantes 9% foram abastecidos com recurso a energia importada
Embora este ano fevereiro tenha tido menos um dia, o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 3,2 % (2,7 % com correção de temperatura e dias úteis), fez saber a REN em comunicado. Este crescimento foi impulsionado por temperaturas inferiores às verificadas no mesmo período do ano anterior, embora com valores muito acima dos valores médios para o mês. A evolução anual regista uma variação de 2,6 %, ou 2,1 % com correção da temperatura e dias úteis.
À semelhança do que acontecera em 2024, em janeiro as condições voltaram a ser favoráveis para a energia hidroelétrica, com um índice de produtibilidade de 1,28 (média histórica igual a 1). Em sentido oposto, tanto nas eólicas como nas fotovoltaicas as condições foram particularmente desfavoráveis, com os índices respetivos a registarem 0,71 e 0,83, respetivamente.
No caso da energia solar, o contínuo aumento da potência instalada permitiu manter crescimentos homólogos elevados (27 %), com a potência entregue à rede a atingir pela primeira vez pontas da ordem de 2800 MW.
No período de janeiro e fevereiro, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,25, o de produtibilidade eólica em 1,00 e o de produtibilidade solar em 0,82.
No mercado de gás, o consumo cresceu 3,8 %, devido ao comportamento positivo do segmento de produção de energia elétrica, que registou uma variação homóloga de 61 %, face a uma disponibilidade de energia renovável inferior à verificada no mesmo período do ano anterior. No segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, o consumo caiu 8,3 %, devido fundamentalmente a quebras em grandes consumidores industriais.
No final de fevereiro, o consumo acumulado anual de gás registou um crescimento de 1,5 %, repartido por uma queda de 6,2 % no segmento convencional e um aumento de 29% no segmento de produção de energia elétrica.
O aprovisionamento do sistema nacional continuou, nestes dois meses, a ser assegurado através do terminal de GNL de Sines, enquanto o saldo de trocas através da interligação com Espanha se manteve exportador, equivalendo a cerca de 6 % do consumo nacional neste período. Os Estados Unidos, com 47 %, e a Nigéria, com 39 %, foram as principais fontes de gás consumido em Portugal
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