As cidades e a nossa pegada carbónica

Em 2021, na abertura da COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas), em Glasgow, a falecida Rainha Isabel II teve, na minha opinião, um dos melhores discursos da história sobre alterações climáticas. Neste discurso, o que me ficou na memória foi a menção e o seu entendimento sobre o que é ser um líder: “o que um líder faz pelo seu povo hoje chama-se política e governação mas o que um líder faz para o futuro do seu povo chama-se estadismo”.

Noutras palavras, os líderes públicos podem-se dividir em políticos e em estadistas. Os políticos, que são a maioria dos líderes que temos, preocupam-se com impostos ou com arruamentos e esgotos. Já um estadista... bom, vejamos um bom exemplo: recorrendo à nossa história não muito longínqua, temos Winston Churchill que, ao contrário do seu antecessor Neville Chamberlain, decidiu não chegar a acordo com Hitler e abdicou da paz de curto prazo, que ele entendia que, apesar de apelativa, muito provavelmente não seria durável. Nesse momento, ele também decidiu que o povo britânico e, de uma forma mais lata, o povo europeu, iria ter de abdicar do seu bem-estar por um bem maior.

Neste momento, se queremos que o nosso planeta continue a ser o planeta azul que conhecemos, precisamos que os nossos principais líderes sejam, na sua raiz, estadistas, mas não só. Tanto ou mais do que bons líderes, precisamos de melhores cidadãos.

Durante a segunda guerra mundial as cidades foram centros nevrálgicos de combate. Na luta contra as alterações climáticas, as cidades têm um papel ainda mais importante.

Estima-se que cada um de nós, que vive numa cidade, contribui para aproximadamente 75% das emissões globais, contudo, estas emissões concentram-se em menos de 5% do território mundial. (...)

Por Luís Costa, Partner Get 2C

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº136 set/out 2022, dedicada ao tema 'Cidades: resiliência às alterações climáticas'

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