Setor de combustíveis pede abertura tecnológica na revisão da regulação sobre CO2
- 08 novembro 2024, sexta-feira
- Energia
Imagem geralt / pixabay
Comunicado da Network for Sustainable Mobility (NSM) apela à inclusão do contributo de biocombustíveis e combustíveis sintéticos na revisão dos regulamentos relativos às normas de emissões de CO2
Para a Network for Sustainable Mobility, um grupo informal de 24 stakeholders da área dos transportes, engenharia, combustíveis e energia, é necessária mais abertura tecnológica na regulamentação relativa a veículos ligeiros e pesados. O grupo defende que seja antecipada a revisão dos parâmetros e respetiva regulamentação da UE sobre as emissões de CO2 nos transportes e que o respetivo processo seja efetuado tendo em consideração as diversas soluções tecnológicas existentes e que possam contribuir para o objetivo comum de combate às alterações climáticas.
A declaração, de outubro é subscrita pela EPCOL – Empresas Portuguesas de Combustíveis e Lubrificantes, que a divulgou a 1 de novembro.
Na perspetiva de um sistema futuro de transporte rodoviário com impacto neutro para o clima, a NSM insta os colegisladores a “a repensar o pressuposto de longa data, de que apenas uma lista limitada de soluções tecnológicas é adequada para alcançar a neutralidade climática no transporte rodoviário”. Nesse sentido, apela-se a uma revisão dos regulamentos relativos às normas de emissões de CO2 para veículos, de forma que seja reconhecida a necessidade de uma abordagem tecnológica aberta, incluindo a contribuição de combustíveis sustentáveis e renováveis (biocombustíveis, e combustíveis sintéticos e, mais em geral, combustíveis em conformidade com a Diretiva da Energias Renováveis RED), para que os construtores desses veículos possam atingir as metas de redução de CO2 ambicionadas.
É do entendimento da NSM que todas as tecnologias inovadoras com potencial para reduzir as emissões de CO2 devem poder contribuir para complementar a eletrificação na descarbonização do sistema de transporte rodoviário, deixando ao mercado e ao consumidor a escolha das opções mais adequadas e custo eficientes. O grupo aproveita ainda para instar ao “diálogo contínuo” sobre o plano de ação industrial da União Europeia para o setor automóvel.
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