Projeto de mobilidade em Lisboa com financiamento europeu

  • 07 agosto 2019, quarta-feira
  • Gestão

O FEDER vai conceder 82 milhões de euros para financiar projetos urbanos europeus nas áreas da segurança, tecnologias digitais, ambiente e inclusão. Estes projetos foram propostos por cidades no âmbito do quarto convite à apresentação de propostas para as Ações Urbanas Inovadoras, uma iniciativa executada pela região francesa de Hauts-de-France.

Um desses projetos terá lugar em Lisboa e versa sobre transição digital, que obteve financiamento nesta categoria juntamente com mais seis iniciativas de outras cidades. O projeto VOXPOP vai facilitar a apresentação de comentários dos utilizadores para melhorar o sistema de mobilidade da cidade. Vai mobilizar o setor público e o privado para a criação de um modelo de partilha de dados de utilização dos serviços de mobilidade na cidade. A ideia é chegar a um modelo mais centrado no utilizador e nas suas necessidades. Para isso, o projeto conta com um financiamento de 4 milhões de euros (num investimento total de 5 milhões até 2022). Há ainda 1 milhão de euros reservado para o desenvolvimento de soluções de acessibilidade e segurança dedicadas a cidadãos vulneráveis e com mobilidade reduzida. Neste contexto, será criada uma "open call" para a apresentação de soluções inovadoras neste domínio. Esta área do projeto contará com a participação da Associação Salvador, Centro de Vida Independente, Fundação Portuguesa de Cicloturismo e outras entidades que serão convidadas no decurso do projeto.

A gestão deste projeto liderado pela Câmara de Lisboa estará a cargo da EMEL, e o consórcio conta com a  CARRIS, Metro de Lisboa, ARMIS, Beta-i, Deloitte Portugal e OTLIS. Segundo nos explica Manuel Tânger, da beta-i, trata-se de um "projeto de transformação digital do sistema de mobilidade da cidade de Lisboa, que pretende responder a um conjunto de desafios na~o tecnolo´gicos, que incluem a governanc¸a, modelos de nego´cios, foco no utilizador e conseque^ncias indesejadas da inovac¸a~o digital."

A categoria de transição digital tem como objetivo abrir oportunidades para pessoas e negócios e impulsionar a Europa enquanto líder em Economia Digital. Espera-se que o mercado digital contribua com 415 biliões de euros por ano para a economia europeia e crie centenas de milhar de novos empregos. O desenvolvimento económico em matéria de dados na Europa implica trabalhar para aceder e transferir dados, trabalhar na fiabilidade dos dados, na sua interoperabilidade e standards. Numa sociedade digital inclusiva, os cidadãos terão mais literacia e consequentemente mais oportunidade de encontrar bons empregos, e as autoridades irão oferecer melhores serviços.

Neste sentido, os projetos financiados ao abrigo das Ações Urbanas Inovadoras deverão contribuir para implementar soluções apropriadas para smart cities, incluindo modelos de negócio e financiamento, soluções de eGovernment centradas no cidadão, criar valor através do acesso livre e ético aos dados, acelerar a adoção de tecnologias emergentes e criar um ambiente favorável à inovação.

(notícia atualizada a 03/09)

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