Transportes urbanos sustentáveis: em busca de um salto qualitativo

De acordo com o conceito de ‘elo mais fraco’, na teoria da confiabilidade de Weilbull, um sistema é tão forte quanto o seu componente mais fraco. Esta ideia também se relaciona nas ciências sociais, pela teoria da força fraca dos laços sociais proposta pelo sociólogo Mark Granovetter em 1973, que sugere que os laços fracos nas redes sociais têm um papel crucial na disseminação de informações e oportunidades.

Este tipo de abordagem pode ser bastante útil quando pensamos num sistema de mobilidade sustentável numa cidade ou região, que se constitui como um ‘novelo’ integrado de opções modais que têm de dar resposta às necessidades do cliente. Ao contrário do transporte individual, em que um único veículo permite corresponder à quase totalidade da necessidade de deslocação, quando pensamos em sistemas de transporte coletivo esta é uma situação rara.

Tipicamente, o uso do transporte coletivo implica várias etapas, seja pela articulação entre modos pesados (como o metro ou o comboio) e modos mais ligeiros (como o autocarro ou o elétrico), seja pela existência de maiores percursos iniciais e finais, tempos de espera e transbordo em paragens ou estações, entre outros. A capacidade de esta cadeia de transportes ser competitiva é função não só do desempenho de cada modo em particular, mas também do seu desempenho conjunto, sendo que a qualidade desse conjunto será determinada precisamente pelo… elo mais fraco. (...)

Por João Vieira, especialista em Transportes e Ambiente, diretor de Inovação, Estratégia e Ambiente na CARRIS

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº140 mai/jun 2023, dedicada ao tema 'Energia e Mobilidade'

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