Solos e sistemas solares fotovoltaicos

O caminho para a sustentabilidade envolve a diversificação das fontes de energia renovável, mas a ocupação dos solos pelas comunidades constitui a principal fonte da variação das suas propriedades, bem como da sua degradação potencial.

A tecnologia solar para produção de energia eficiente requer grandes áreas que são sujeitas ao nivelamento do solo, à remoção de parte da vegetação e ao soterramento de cabos elétricos, resultando na compactação do solo superficial, na alteração potencial da drenagem existente e no acréscimo do escoamento superficial/erosão. Múltiplos estudos indiciam que aquelas infraestruturas transformam as funções ecológicas do solo, com impactes na dinâmica hidrológica, vegetativa e do carbono. Numa altura em que se prevê a construção de centrais solares fotovoltaicas (FV) ocupando centenas de hectares, em particular no sul do país, discutem-se os impactes decorrentes da sua construção nos solos e, em especial, face às modificações climáticas perspetivadas – temperaturas mais elevadas e menor precipitação, que tenderá a concentrar-se em eventos extremos, mais recorrentes.

Adversamente, a desmatação e o uso de grandes áreas de solo para instalações de energia solar afetam a vegetação nativa e a vida selvagem de várias maneiras. Um impacte significativo deriva da diminuição, em mais de 40 %, da radiação solar que atinge o solo devido à presença física da infraestrutura solar. Após a instalação dos elementos FV, a vegetação deve ser regularmente cortada ou pastada, para limitar a sua altura e evitar o sombreamento dos painéis. (...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº140 mai/jun 2023

Paula F. da Silva

Professora Auxiliar e Investigadora do GeoBioTec

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